POLÍTICA PÚBLICA

Presidente do STF, Barroso elogia Bolsa Família durante visita a favela em SP

Ministro afirmou que o programa social foi decisivo para tirar as pessoas da pobreza

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STFMinistro Luís Roberto Barroso, presidente do STF - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o programa Bolsa Família, uma das principais bandeiras de governos petistas, foi decisivo para tirar as pessoas da pobreza, ao mesmo passo em que defendeu a necessidade de que os assistidos pela iniciativa "se libertem do benefício e passem a ter um voo próprio". A declaração ocorreu durante uma visita à Favela dos Sonhos, na Grande São Paulo, nesta segunda-feira (6).

— O Bolsa Família foi decisivo para tirar as pessoas da pobreza, mas é preciso que as pessoas se libertem do benefício e passem a ter um voo próprio — afirmou Barroso, em declaração reproduzida pela CNN Brasil.

A agenda do ministro na comunidade fez parte de um evento de implantação do projeto piloto do Favela 3D, programa desenvolvido pela ONG Gerando Falcões com a pretensão de erradicar a pobreza no Brasil. Barroso afirmou que a visita teve como objetivo dar visibilidade ao espaço e atrair a preocupação da sociedade.

— A gente tem que se aproximar dos espaços que enfrentam dificuldade. As pessoas são vítimas da pobreza. O Estado e a sociedade têm um dever ético de participar do projeto de elevação social e emancipação das pessoas — pontuou o ministro.

A visita à comunidade ocorreu no mesmo dia em que o ministro chamou de "fiasco” a política de drogas vigente no Brasil. Em evento organizado pelo BTG Pactual nesta segunda-feira, Barroso defendeu a discussão do tema na Corte e ainda disse que não irá pautar, neste momento, a descriminalização do aborto — outro tema alvo de polêmicas.

O julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal foi interrompido em agosto, após pedido de vista do ministro André Mendonça. Até agora, o ministro Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em junho, foi o único a divergir e votar contra a descriminalização. Apesar disso, ele concordou em estabelecer uma quantidade de droga que diferencie usuário de traficante.

— Hoje em dia quem define se é tráfico ou consumo pessoal é a polícia — afirmou Barroso nesta segunda-feira, quando falou também em "exploração mal versada” do tema.

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