Presidente Lula, como Bolsonaro, manda recado sobre sua virilidade sexual
Presidente Lula afirmou: "Quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular"
A temática da virilidade sexual no seio da vida pública voltou a ser usada, ontem, pelo presidente Lula, mas bem diferente do seu antecessor Jair Bolsonaro, que num determinado momento da campanha presidencial de 2022 chegou a sugerir que era “imbrochável”.
Ao mandar um recado, ontem, aos que o acham cansado, aos 78 anos, Lula repetiu Bolsonaro, mas de uma forma menos agressiva aos ouvidos da sociedade, principalmente das mulheres. “Quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular”, disse.
Sua provocação para mostrar que continua em dia e em forma na questão da sexualidade se deu num evento em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. No momento da declaração, Lula se virou e apontou para Janja. Pela transmissão foi possível ouvir muitos gritos.
A primeira-dama filmava o discurso do marido com o celular na mão direita. Com a mão esquerda, fez um sinal negativo, dando a entender que não deveriam perguntar nada a ela. Lula, na verdade, rebateu comparações com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 81 anos. Há entre os norte-americanos uma discussão se o democrata teria condições de governar o País por mais quatro anos caso vença as eleições em 2024.
O petista voltou a repetir que tem “70 anos, energia de 30 e tesão de 20”. Lá atrás, o presidente Jair Bolsonaro (PL) puxou um coro de “imbrochável” durante pronunciamento em cima de um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O canto foi acompanhado por apoiadores. Ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente repetiu a palavra por cinco vezes.
"Tenho certeza, eu sou 'imbrochável', não vou sair de combate", disse. Em reação ao episódio, as presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) usaram suas redes sociais para criticar a atitude do presidente. Tebet afirmou que Bolsonaro “mostrou todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil”. Já Soraya disse que “o Brasil precisa mesmo de um presidente incorruptível” e que “Bolsonaro prima pela desqualificação”.