ANÁLISE

Presidente Lula, o "seu" País azul, e a realidade

Presidente Lula "arrota" soberba no País azul pintado por ele e vivido artificialmente também por ele e asseclas.

Presidente Lula: País azul em contraste com a realidadePresidente Lula: País azul em contraste com a realidade - Foto: Agência Brasil/EBC/Divulgação

Há três dias, arrotando uma soberba impressionante, o presidente Lula (PT) afirmou que o Brasil estava uma maravilha, que tudo estava dando certo, com PIB em alta, geração de empregos e inflação controlada. Tudo isso, claro, no País azul pintado por ele e vivido artificialmente também por ele e asseclas.

Num contraste com essa fala, o Ministério da Fazenda aumentou, ontem, de 3,70% para 3,90%, a estimativa para a inflação do Brasil em 2024. Segundo a equipe econômica, a revisão considera os impactos nos preços causados pela alta do dólar e pela destruição do Rio Grande do Sul.

Também entrou na conta o aumento no preço da gasolina anunciado em 8 de julho pela Petrobras. A projeção se aproxima do teto da meta de inflação. O objetivo é terminar o ano com o índice de preço em 3,0%, mas há tolerância de 1,50 ponto porcentual. Um crescimento nas estimativas dificulta as perspectivas de corte de juros pelo Banco Central.

O indicador é medido oficialmente pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). As estimativas do governo são do Boletim Macro Fiscal, elaborado pela SPE (Secretaria de Política Econômica) da Fazenda a cada dois meses. “A projeção para o IPCA em 2024 subiu como reflexo da calamidade no Rio Grande do Sul (RS), que vem impactando de maneira mais intensa os preços de alimentos.

A alta nas expectativas para a inflação de 2024 e 2025 é explicada também pela "perspectiva de real mais depreciado nesses anos”, diz o boletim. Para 2025, a equipe econômica espera uma inflação de 3,30% ao fim do ano. No boletim de maio, esperava-se que fosse de 3,20%.

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real. Em resumo, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou em 10% para cima.
 

 

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