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Presidente Lula usa dois pesos e duas medidas. Entenda os fatos

Presidente Lula foi rápido no gatilho no caso da Conab, mas agiu bem diferente em relação ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho

Presidente Lula age com dois pesos e duas medidasPresidente Lula age com dois pesos e duas medidas - Foto: Agência Brasil/EBC/Divulgação

O presidente Lula (PT) foi rápido no gatilho quando demitiu, sem dar direito sequer à defesa, o diretor executivo de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, envolvido no escândalo do pregão do arroz chinês.

Mas em relação ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, age bem diferente, passando a mão na cabeça dele. Disse ontem que o auxiliar somente será afastado do governo se a Justiça aceitar o indiciamento pela Polícia Federal. “Há um pedido de indiciamento da Polícia Federal. Há um pedido, que tem que ser aceito ou pelo Alexandre de Moraes ou pelo procurador-geral da República. E ele não foi aceito por nenhum ainda”, disse Lula.

Como Juscelino já foi indiciado, o presidente pode ter se referido ao oferecimento da denúncia pela PGR ao STF. Juscelino foi indiciado pela PF em 12 de junho pelos crimes de corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. O ministro é suspeito de participar de um esquema de desvio de emendas parlamentares em 2022.

Os recursos (R$ 7,5 milhões) teriam sido enviados via Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) para a pavimentação de ruas de Vitorino Freire (MA), a cerca de 300 km de São Luís. Luanna Rezende (União Brasil), irmão do ministro, é a prefeita da cidade. O chefe do Executivo afirmou que o ministro deve se demitir do cargo caso o pedido seja aceito pelo STF ou pela PGR, e lembrou da época em que esteve preso.

“Eu, como, já fui vítima de calúnia, já fui vítima de difamação, já tive proibido o direito de me defender, não tive direito a presunção de inocência, o que eu disse para o Juscelino: ‘A verdade só você que sabe. Então é o seguinte, se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição’. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro”, declarou o presidente. 

 
 

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