Preso pela PF, Braga Netto é listado em dois de seis núcleos de organização que atuavam pelo golpe
Ex-ministro foi apontado como um dos responsáveis por incitar militares a aturem por ruptura constitucional
Preso neste sábado (14), o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), foi apontado pela Polícia Federal (PF) como integrante de dois dos seis núcleos da organização criminosa que teria atuado para tentar um golpe de Estado.
Braga Netto, Bolsonaro e outras 35 pessoas foram indiciadas pela PF pela suposta tentativa de golpe. Os dois negam as acusações.
De acordo com a PF, Braga Netto faria parte do núcleo "responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado" e do núcleo de "oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos". O ex-ministro, que chefiou a Defesa e a Casa Civil, é general da reserva do Exército.
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O primeiro grupo teria como objetivo escolher "alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investigadas golpistas". Já o segundo núcleo teria atuado "para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas a serem adotadas para consumação do golpe de Estado".
Em nota divulgada, Braga Netto afirmou que "nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém" e que "sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais".
Os outros núcleos elencados pela PF são:
Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
Jurídico
Operacional de Apoio às Ações Golpistas
Inteligência Paralela