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Justiça

Primeira Turma do STF terá cadeiras para autoridades e políticos, raio-x reforçado e mais seguranças

Plenário do colegiado conta com 126 lugares

Sessão da Primeira Turma do STF Sessão da Primeira Turma do STF  - Foto: Rosinei Coutinho/STF

Palco do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por envolvimento na trama golpista, a sala de sessões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) terá uma equipe reforçada de seguranças e contará com um espaço reservado para políticos e autoridades que desejem acompanhar a sessão.

O plenário do colegiado conta com 126 lugares e terá que passar por uma "dança das cadeiras" para acomodar todas as pessoas que irão comparecer ao julgamento, entre assessores da PGR, assessores dos ministros do STF, e integrantes das equipes jurídicas dos oito acusados.

O nível de verificação na entrada do edifício onde ficam as turmas do Supremo também foi ampliado pela equipe de segurança da Corte.

Para isso, mais aparelhos de raio-x foram colocados no hall do prédio e a inspeção será ainda mais rigorosa.

Quem for acessar o STF entre terça e quarta-feira com destino às Turmas também passará por uma dupla barreira de entrada.

A primeira delas ficará na entrada do STF situada ao lado da praça dos Três Poderes, e outra do lado de fora do prédio onde ficam os colegiados – no anexo 2-B, informalmente conhecido como "Igrejinha".

Para a imprensa, a Corte colocará cadeiras extra no fundo da sala de julgamentos, e disponibilizará uma tenda onde fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas não credenciados poderão ficar. Dentro do plenário, apenas um integrante de cada veículo terá assento disponível.

No próximo dia 25, a Primeira Turma começa a decidir se recebe, ou não, a denúncia oferecida pela PGR contra Bolsonaro, e ex-ministros de seu governo, como Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres.

Eles foram denunciados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Na denúncia da trama golpista, apresentada pela PGR no dia 18 de março, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tentou golpe de Estado.

"A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder", escreveu Gonet na denúncia. De acordo com a PGR, a suposta organização criminosa estava "enraizada na própria estrutura do Estado" e tinha "forte influência de setores militares".

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