Eleições 2020

Primo de Mandetta, Marquinhos Trad é reeleito em Campo Grande

Ele computou 52,58% dos votos válidos, neste domingo (15)

Marquinhos Trad, reeleito em Campo GrandeMarquinhos Trad, reeleito em Campo Grande - Foto: Reprodução/Internet

O prefeito Marquinhos Trad (PSD), de 56 anos, foi escolhido pelos eleitores de Campo Grande para gerir a capital de Mato Grosso do Sul por mais quatro anos. Ele venceu o pleito ainda no primeiro turno, com 52,58% dos votos válidos.

Em segundo lugar, ficou o procurador licenciado Sérgio Harfouche (Avante), 57, escolhido por 11,58% dos eleitores. Os votos, no entanto, estão em aberto, já que a candidatura dele foi contestada por opositores, com a alegação de que ele deveria ter abdicado totalmente, e não apenas se licenciado do cargo. 

Na última quinta-feira (12), o Tribunal Regional Eleitoral indeferiu o nome de Harfouche, que afirmou, de outro lado, que iria recorrer da decisão. Em terceiro e quarto lugar ficaram o deputado estadual Pedro Kemp (PT), 58, e o vereador Vinicius Siqueira (PSL), 44, com 8,32% e 8,20%, respectivamente. 

O PSL viveu uma briga interna pela candidatura, já que o deputado federal Loester Trutis, 32, também registrou o nome na disputa, mas teve o pedido indeferido pela Justiça Eleitoral.

Campo Grande teve mais 11 candidatos nas eleições majoritárias de 2020. O estudante de ciências sociais Thiago Assad (PCO), 35, porém, teve o pedido de registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral e aguardava julgamento de recurso.

Também concorreram nestas eleições a delegada aposentada Sidnéia Tobias (PODE), 55, o diretor-presidente da Santa Casa de Campo Grande, Esacheu Nascimento (PP), 67, o deputado estadual Marcio Fernandes (MDB), 44, a psicóloga Cris Duarte (PSOL), 46, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), 65, o deputado estadual João Henrique (PL), 32, o ex-vereador Marcelo Bluma (PV), 58, o engenheiro civil e ex-secretário estadual Marcelo Miglioli (Solidariedade), 49, o empresário Guto Scarpanti (Novo), 39, e o ex-secretário municipal Paulo Matos (PSC), 55.

Com a reeleição, a família Trad, com tradição política no estado, se mantém no poder em Campo Grande. O patriarca, Nelson Trad, foi vice-prefeito na década de 1960 e deputado estadual e federal entre os anos de 1983 a 2011.

Os irmãos de Marquinhos também seguiram carreira política. Nelsinho Trad foi prefeito por dois mandatos e atualmente é senador. Fábio Trad é deputado federal. O primo é Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro.

O prefeito também ganhou o apoio do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Em 2016, os tucanos perderam a eleição municipal para Trad. Agora, abriram mão de candidato próprio e do cargo de vice, ficando apenas com a chapa proporcional.

A campanha ficou marcada por ataques dos adversários ao prefeito. Em vantagem nas pesquisas eleitorais, Trad não compareceu aos poucos debates promovidos na cidade, entre eles um único em TV aberta, a pouco mais de uma semana da eleição.

De outro lado, a candidatura de Harfouche enfrentou uma batalha judicial e seu nome acabou indeferido pelo Tribunal Eleitoral de Mato Grosso do Sul. Até a eleição, no entanto, ele insistiu aos eleitores que poderia ser votado, pois, segundo ele, não teriam a escolha anulada.

É a segunda vez que Marcos Trad vai administrar Campo Grande. Advogado, ele começou a carreira política como vereador, eleito em 2004. Antes disso, foi secretário municipal de Assuntos Fundiários. Também foi deputado estadual por três mandatos, entre 2007 e 2016, quando se elegeu para comandar a prefeitura da capital.

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