Bolívia

Professores bloqueiam centro de La Paz contra nova administradora de pensões na Bolívia

BolíviaBolívia - Foto: Aizar RALDES / AFP

Mil professores da rede pública saíram em passeata nesta sexta-feira e bloquearam o centro de La Paz, em uma primeira manifestação contra a nova administradora estatal de pensões na Bolívia.

“Esta marcha pacífica é para convocar todos os trabalhadores a se mobilizarem para defender sua aposentadoria”, disse à AFP o principal líder dos professores de La Paz, José Luis Álvarez, para quem a nova entidade gestora do Estado não é garantia para uma boa administração, sob a suspeita de que possa ser ineficaz e corrupta.

Os professores saíram em passeata pelas ruas e avenidas de La Paz, sede dos poderes Executivo e Legislativo. Em seguida, separaram-se em pequenos grupos e se posicionaram no cruzamento de ruas e avenidas, bloqueando o tráfego durante horas.

A Bolívia iniciou na semana passada um processo de transição da administração das pensões, que estava nas mãos dos grupos Zurich, da Suíça, e BBVA, da Espanha, desde meados da década de 1990.

Durante o governo do presidente de esquerda Evo Morales (2006-2019), o país estatizou em 2009 o sistema de pensões e, um ano depois, aprovou uma nova lei para o setor. Em 2015, La Paz aprovou uma lei para o funcionamento da administradora estatal, mas a falta de um software impediu a migração dos contribuintes.

Segundo dados do Ministério da Economia, os fundos administraram a aposentadoria e outras rendas de cerca de 2,5 milhões de pessoas. A Bolívia tem quase 12 milhões de habitantes.

Pela estatização de 2009, o espanhol BBVA iniciou uma arbitragem perante o Centro Internacional de Resolução de Diferenças Relativas a Investimentos (Ciadi). O órgão internacional decidiu em meados de julho contra a Bolívia, a quem ordenou uma indenização de 105 milhões de dólares.

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