Pros: polêmicas envolvendo o Partido Republicano da Ordem Social, alvo da Polícia Federal
Ex-presidente da Pros, Eurípedes Júnior é alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira
Partido criado em 2013, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) tem sua história marcada por polêmicas. Desde a briga pelo comando, que resultou na saída do ex-presidente da sigla, Eurípedes Júnior, até o uso de dinheiro público para compra de itens de luxo, como aeronaves e banheira de hidromassagem para a sua sede.
Nesta quarta-feira, Júnior é o principal alvo da Operação Fundo no Poço, realizada pela Polícia Federal contra uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Leia também
• Saiba quem é o ex-presidente do PROS alvo da PF por suspeita de desvio de dinheiro público
• Polícia Federal faz operação contra desvios do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022
Contra Júnior e outras seis pessoas, estão sendo cumpridos mandados de prisão preventiva. Também foram expedidos pela Justiça Eleitoral do DF 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (GO e SP) e no DF. Foi determinado ainda o bloqueio e a indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.
Antes de se fundir ao Solidariedade, em 2022, o PROS estava rachado em dois grupos políticos que disputavam seu comando pelas vias judiciais. Marcus Holanda, que havia assumido a presidência do partido, chegou a registrar na época um boletim de ocorrência em que acusava Eurípedes Junior pelo sumiço de bens da legenda avaliados em R$ 50 milhões, entre eles um helicóptero. A aeronave era avaliada em R$ 10 milhões, conforme sites especializados.
O helicóptero foi localizado em um hangar na zona norte de São Paulo, após desaparecer em meio a investigações sobre uso indevido de recursos do Fundo Partidário. Na ocasião, a aeronave, um Robinson R66 Turbine, assim como imóveis e outros veículos, fazia parte de uma série de aquisições irregulares do partido durante a gestão de Júnior, segundo apurações do Ministério Público e da Polícia Federal.
Em 2022, Júnior chegou a lançar a candidatura do coach Pablo Marçal à Presidência da República pelo Pros, mas, em meio ao embate jurídico, a nova direção da sigla decidiu retirá-lo da disputa.
Procurado, o vice-presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, afirmou que os fatos investigados são anteriores à incorporação do Pros e que o partido está à disposição para colaborar com a Justiça caso seja necessário.