PSDB diz que acionará ministro do Trabalho por pronunciamento na TV do 1º de Maio
Partido alega que ministro fez propaganda indevida ao presidente Lula
O PSDB anunciou nesta quinta-feira (2) que vai acionar o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, na Justiça pelo pronunciamento transmitido em rede nacional de TV e rádio pelo governo no dia 1º de Maio, em comemoração ao Dia do Trabalhado. Segundo o partido, o ministro promoveu o presidente Lula de “forma indevida” ao citar o seu nome cinco vezes e agir "mais como militante do partido do Presidente do que como ministro de Estado".
Em nota à imprensa, o PSDB afirma que a suposta propaganda indevida ao presidente Lula em rede nacional fere a Constituição por violar "princípio da impessoalidade que deve reger a utilização" dos meios de comunicação públicos.
"O PSDB vai adotar todas as medidas cabíveis para que os responsáveis pelas irregularidades sejam punidos. Nosso pedido é que sejam multados e que devolvam os valores usados indevidamente", diz o partido
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O comunicado assinado pelo presidente nacional do partido, Marconi Perillo e pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), alega que o pronunciamento transformou "o que deveria ser um espaço institucional em propaganda política e pessoal."
Pronunciamento
No pronunciamento em canais abertos em TV e rádio sobre o Dia do Trabalho, o ministro Luiz Marinho ressaltou a geração de empregos com carteira assinada e o aumento do salário mínimo no país.
"Dia de comemorar a geração recorde de empregos com carteira assinada. Nos primeiros três meses desse ano, geramos 720 mil empregos, 34% a mais do que o mesmo período do ano passado. Desde o início do nosso governo, já foram 2,19 milhões empregos de carteira assinada."disse o ministro.
Marinho também elencou uma série de medidas do governo Lula, que segundo ele, também devem ser comemoradas no 1º de Maio.
"As políticas públicas que em pouco mais de um ano tiraram 24,4 milhões de homens, mulheres e crianças do pesadelo da fome. A Reforma Tributária que vai baratear o preço dos alimentos, e que o governo do presidente Lula está negociando com o Congresso" destacou o ministro.