Senado

PSDB racha e deputados criticam apoio do partido a Rogério Marinho no Senado

Aécio e Abi-Ackel disseram que Pacheco sempre foi aliado dos tucanos

Rogério MarinhoRogério Marinho - Foto: José Cruz/Agênca Brasil

Os deputados Aécio Neves (PSDB-MG) e Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) criticaram nesta terça-feira (31) os senadores tucanos por decidirem não apoiar a reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em nota, os dois tucanos da Câmara disseram que as manifestações dos senadores "devem ser compreendidas muito mais como manifestações pessoais do que como posição partidária".

– Não há razão lógica e muito menos política, para que o PSDB deixe de apoiar a reeleição do senador Rodrigo Pacheco que, além de ter exercido com seriedade e equilíbrio o seu primeiro mandato, é um aliado político tradicional do PSDB em Minas Gerais – disseram os deputados.

Com a ida de Mara Gabrilli (SP) para o PSD, o PSDB ficará apenas com três senadores na legislatura que começa em fevereiro. Os senadores Izalci Lucas (DF) e Alessandro Vieira (SE) declararam voto no senador eleito Rogério Marinho (PL-MG), candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e principal rival de Pacheco na disputa. Já o senador Plínio Valério (AM) disse que vai apoiar Eduardo Girão (Podemos-CE), candidato que corre por fora.

Pacheco é apoiado por Lula, que tem mobilizado a base para garantir a reeleição do senador do PSD. Da mesma forma, Bolsonaro se envolveu pessoalmente na candidatura de Marinho.

Vieira, que tem adotado um discurso crítico a Bolsonaro e votou em Lula no segundo turno da eleição de 2022, tem tentado evitar uma associação entre a disputa do Senado e a última corrida presidencial.

– A eleição no Senado está sendo avaliada como um “3º turno” presidencial, mas não é. Vamos decidir a gestão da casa no próximo biênio. Entendo que + 2 anos de Alcolumbre/Pacheco é muito ruim. Basta lembrar que a CPI da Covid só rolou pq fui ao STF. Pacheco queria engavetar – afirmou em uma rede social.

Aécio é crítico do PT e polarizou com o partido a eleição presidencial de 2014. Apesar disso, ele e o presidente do Senado sempre foram do mesmo grupo político em Minas Gerais.

Veja também

Governo de Minas Gerais suspende "lei seca" durante as eleições de 2024
Eleições

Governo de Minas Gerais suspende "lei seca" durante as eleições de 2024

STF manda pagar pensão vitalícia a ex-governador de MT que ficou 33 dias no cargo
Justiça

STF manda pagar pensão vitalícia a ex-governador de MT que ficou 33 dias no cargo

Newsletter