PT pede que Alckmin abra conversas com empresários, agronegócio e evangélicos
Indicado para vice de Lula fará viagens ao lado do petista no começo da pré-campanha
Indicado vice da chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) começou a ter um papel mais ativo na pré-campanha do petista. Nesta segunda-feira (2), o ex-tucano passou parte do dia em um hotel da capital paulista, onde lideranças do PT analisaram o resultado de pesquisas encomendadas pelo partido em todos os estados do país. Os aliados do ex-presidente querem que Alckmin abra canais de diálogo com empresários e o agronegócio.
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O ex-governador disse que deve acompanhar Lula em agendas em Minas na próxima semana. Ele também pode estar ao lado do petista em visitas ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina no fim do mês.
A ideia da cúpula da pré-campanha é que Lula e Alckmin rodem juntos o país por um período de cerca de dois meses para apresentarem a chapa.
O ex-governador, porém, afirma que nem sempre estará com Lula:
"Em alguns (locais), vou junto e na maioria, sozinho", disse.
De acordo com um aliado, Alckmin quer ter, sim, um papel ativo na campanha. Um outro apoiador acredita que o ex-governador será importante para ampliação da campanha de Lula. A ideia é que ele busque diálogo, por exemplo, com lideranças evangélicas e com o agronegócio.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também acredita que o indicado para o posto de vice pode ser importante nesse trabalho:
"O ex-governador Geraldo Alckmin tem um papel importante com os setores que ele tem mais facilidade de conversação, com certeza estão o agronegócio e o setor empresarial. (Ele pode) Fazer essa ponte, mostrando que não temos uma candidatura da radicalidade, do extremo, estão aqui os democratas que estiverem sempre na luta pela democracia no país. Tiveram divergências ao longo da história, mas essas divergências foram tratadas no âmbito da política, da disputa dentro dos marcos da democracia", afirmou.
O ex-tucano tem evitado ainda o excesso de exposição e vem recusando convites para entrevistas. Nos eventos públicos que participa, procura ser discreto, como no encontro do Todos pela Educação na semana passada. Alckmin discursou por apenas três minutos e evitou o contato com os jornalistas, tanto na saída como na chegada.
Nesta terça-feira, o ex-governador participou do ato no qual o Solidariedade declarou apoio à chapa encabeçada pelo petista. Alckmin, como já havia feito num encontro com sindicalistas há duas semanas, disse que Lula é o maior líder popular do país. Também elogiou o governo do ex-presidente ao afirmar que a administração federal conseguiu elevar salários sem gerar inflação.