Queiroga indica se contrapor a conduta de Bolsonaro de promover aglomeração e não usar máscara
Em ao menos duas ocasiões em seu depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, insinuou ser contra condutas do presidente Jair Bolsonaro.
Em um primeiro momento, o ministro, que é médico, foi questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), a respeito de aglomerações causadas pelo presidente e sobre o fato de o mandatário não usar máscaras.
Queiroga afirmou já ter conversado com Bolsonaro sobre o tema ao dizer que sempre buscou orientar as autoridades a cumprirem medidas de prevenção ao coronavírus, entre elas o uso de máscaras, mas afirmou que não faria juízo de valor em relação à postura do presidente.
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"Isso é um ato individual, senador. As imagens, elas falam por si sós. Eu estou aqui como ministro da Saúde para ajudar o meu país. É esse o meu objetivo. E não vou fazer juízo de valor a respeito da conduta do presidente da República", respondeu Queiroga.
Posteriormente, senadores questionaram ao ministro se ele tem insistido com Bolsonaro para que ele cumpra medidas não farmacológicas de enfrentamento à Covid e ele afirmou que sim.
"Perfeitamente. Certo? O compromisso é individual; o benefício é de todos. Reitero aqui perante os senhores. O médico tem obrigação de meios, não tem obrigação de resultados. E o meu meio é a minha voz e usarei. Isso não quer dizer que eu vou conseguir, senador Renan", continuou Queiroga.
O ministro afirmou ainda que "quer conseguir" e trabalhará fortemente por isso, indicando se tratar de uma mudança de comportamento de Bolsonaro.
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