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Deputado Gustavo Gayer é alvo da PF por suspeita de desviar recursos públicos; saiba quem é ele

Parlamentar acumula denúncias de preconceito, divulgação de fake news e suposto assédio eleitoral durante a campanha presidencial de 2022

Gustavo Gayer, deputado federalGustavo Gayer, deputado federal - Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

Alvo de uma operação da Polícia Federal, nesta sexta-feira (25), por suposto desvio de recursos públicos, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) acumula denúncias de preconceito, divulgação de fake news e suposto assédio eleitoral durante a campanha presidencial de 2022.

Em um dos episódios mais recentes, o parlamentar viralizou em perfis de esquerda associando nordestinos a uma galinha que se contenta em receber "migalhas".

A declaração foi dada durante um evento de educação na Bahia, realizado em maio.

Na ocasião, o parlamentar bolsonarista relatou uma parábola difundida em perfis conservadores e de direita sobre uma galinha que é depenada por Josef Stalin na União Soviética e, mesmo assim, ao ser solta e lhe oferecerem farelos, o animal volta e corre atrás dele.

Para Gayer, os governos de esquerda "fizeram com o Nordeste o que Stalin fez com a galinha", se referindo a programas de renda.

Condenação por assédio eleitoral

Em dezembro do ano passado, o deputado foi condenado pela 7ª Vara do Trabalho de Goiânia a pagar R$ 80 mil por suposto assédio eleitoral durante a campanha presidencial de 2022.

O parlamentar é acusado de ter ido a empresas do estado para coagir trabalhadores a votarem no ex-presidente e seu correligionário, Jair Bolsonaro.

A defesa de Gayer afirmou que ele esteve nos empreendimentos à convite de empresários para explicar o plano de governo dos candidatos e negou pedidos de voto expresso.

A condenação ocorreu após o Ministério Público do Trabalho (MPT) ter aceitado uma denúncia anônima contra o deputado.

De acordo com a procuradora Janilda Guimarães de Lima, Gayer apresentou "conduta acintosa e de total desrespeito ao ordenamento jurídico e pretensão de continuar utilizando-se de organizações comerciais (empresas) para fazer propaganda eleitoral e aliciar votos de seus trabalhadores ,através de assédio moral eleitoral, com apoio de empresários".

Em seu pronunciamento nas redes sociais, o bolsonarista chamou a procuradora de "petista histérica" e caracterizou seu parecer como "esdrúxulo".

A procuradora alega que ele esteve nos empreendimentos durante o expediente e cometeu ilegalidades.

Conta suspensa no X

Ainda no ano passado, Gayer teve sua conta no Twitter suspensa por decisão judicial após divulgar nas redes sociais uma live feita por um argentino, amigo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em que ele faz acusações infundadas sobre as urnas eletrônicas.

Apos ter a conta suspensa, Gayer divulgou um vídeo em sua conta no Intagram em que diz que não vai parar, "mesmo que que derrubem todas as minhas redes, eu pego o megafone e vou para a rua e critica a Supremo Tribunal Federal (STF).

PF faz busca e apreensão

A Polícia Federal apreendeu R$ 72 mil em espécie na casa de um assessor do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) em uma operação que apura suspeita de desvio de recursos públicos oriundos de cota parlamentar.

A corporação realiza nesta sexta-feira buscas em endereços do deputado, que é alvo da operação.

Conforme a polícia, uma associação criminosa é suspeita de desviar recursos públicos e destiná-los para uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), entidade privada de interesse público criada pelo grupo por meio de documentos falsos.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO), e Goiânia.

A investigação chegou a identificar a falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP. O documento possuía data retroativa, o que faria com que o quadro social da organização fosse formado por crianças de 1 a 9 anos.

A polícia aponta suspeita dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato.

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