Quem é Jomarzinho, filho de delegado da PF e suspeito de vazar operação do caso Marielle Franco
Ele é apontado como um dos responsáveis pelo vazamento de informações sobre uma operação em 2019 contra envolvidos na morte da ex-vereadora e Anderson Gomes
Jomar Duarte Bittencourt Junior, de 37 anos, mais conhecido como Jomarzinho, é apontado como um dos responsáveis pelo vazamento de informações sobre uma operação em 2019 contra envolvidos na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. Na manhã da última segunda-feira, ele foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em seu apartamento.
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Segundo análise de dados celulares feita pela investigação, na véspera da ação — denominada Lume —, em 11 de março de 2019, Maurício da Conceição dos Santos Júnior, conhecido como Mauricinho, apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio como uma das fontes que levou a Ronnie Lessa e Maxwell Simões Correa, o Suel, informações sobre a ação policial naquela época, recebe uma mensagem de Jomarzinho, sobre a movimentação para o dia seguinte:
“Recebi um informe agora, que vai ter operação Marielle amanhã”. Como resposta, o PM diz: “Putz, vou tentar chamar ele aqui”. Poucos minutos depois, Mauricinho questiona a uma terceira pessoa, o Suel: “Já falou?”, e recebe a confirmação, seguida da mensagem “doido para isso acabar logo”.
Os investigadores não apontam como Jomarzinho obteve a informação privilegiada. Jomar Jr. é filho de um delegado aposentado da Polícia Federal, Jomar Bittencourt, de 68 anos O pai inclusive já foi candidato a deputado federal em 2018, pelo Avante do Rio de Janeiro, e acabou derrotado nas urnas com 1.597 votos.
Briga em casa noturna
A última vez que Jomarzinho foi citado nos portais de notícia foi quando participou de uma briga na boate 00, na Gávea, Zona Sul do Rio. O caso ocorreu em novembro de 2008. Jomar Jr. faria parte de um grupo de rapazes que se envolveram em uma confusão com o ator Marcello Novaes. Após sofrer uma cotovelada, o artista levou 21 pontos.
Concurso na Polícia Militar
Em 2015, Jomarzinho tentou um concurso para entrar na Polícia Militar (PM) e foi reprovado no exame antropométrico. A justificativa foi que a massa corporal dele ultrapassava o exigido.
Com ajuda da mãe advogada, Neide Simões Bittencourt, de 66 anos, ele entrou com uma ação na Justiça justificando que tinha hipertrofia muscular. Porém, o Judiciário não aceitou a argumentação, e o pedido de inclusão no concurso foi indeferido.