'Quem fez e o porquê não tenho a menor ideia', diz Bolsonaro sobre monitoramento da Abin
Em agenda em Santos (SP), ex-presidente criticou nova condenação no TSE e disse que o ministro Alexandre de Moraes ficou 'apavorado' com multidão no Sete de Setembro
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (3) que desconhece os responsáveis e as motivações por trás do programa secreto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que monitorou a localização de cidadãos por meio do celular sob a sua gestão. A ferramenta foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) no mês passado e levou ao afastamento e prisão de servidores.
— A Abin não interceptou ninguém. Ela fazia, segundo a imprensa, porque eu dispensei a Abin desde o início (do mandato), o levantamento de posição de 30 mil pessoas, segundo a Abin. Agora, eu gostaria que fosse divulgado o nome das 30 mil pessoas. Quem fez e o porquê não tenho a menor ideia — disse o ex-presidente, acrescentando que só tem conhecimento de um monitoramento de inteligência, por parte de outros órgãos, para identificar a aglomeração de pessoas durante a pandemia.
O ex-presidente esteve em Santos (SP) nesta sexta-feira para dois compromissos com a pré-candidata à prefeitura da cidade e deputada federal Rosana Valle (PL) e com o deputado Tenente Coimbra (PL). As agendas incluem uma solenidade no Corpo de Bombeiros, para a entrega de três novas viaturas à corporação, e um almoço num clube localizado na Ponta da Praia.
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Questionado sobre a mais recente condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por atos eleitorais no Sete de Setembro, Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes:
— Realmente, o Alexandre de Moraes ficou apavorado com milhares de pessoas do Brasil todo nas ruas (no Sete de Setembro) — afirmou o ex-presidente, que ainda continuou a criticar o magistrado. — Ele, inclusive, debocha. Um juiz não pode agir dessa maneira.
Depois de dizer que a sua defesa ainda está estudando a estratégia para reverter a derrota na justiça, o ex-presidente afirmou que a estratégia "é o que o Alexandre de Moraes quer".