Quem são os três novos indiciados pela Polícia Federal na trama golpista
Um deles era "frequentador assíduo do palácio do Alvorada", diz a PF em relatório
A Polícia Federal (PF) encaminhou nesta quarta-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um complemento ao relatório final do inquérito sobre o suposto golpe de Estado que foi articulado no fim de 2022. O documento traz o indiciamento de outras três pessoas. São eles: Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo.
A PF imputou a eles os crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado de Direita e associação criminosa, assim como às outras 37 pessoas, que incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil general Braga Netto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entre outros.
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Os militares só foram indiciados hoje porque eles ainda não haviam prestado depoimento, quando a PF enviou o relatório ao Supremo. A legislação impede que sejam atribuídos crimes a investigados antes de eles serem ouvidos pelas autoridades.
Tenente Portela
Mais conhecido como tenente Portela, Aparecido Andrade Portela é o primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura no governo Bolsonaro. Amigo do ex-presidente, Portela é apontado pela PF como um elo entre o Planalto e financiadores de acampamentos golpistas o Mato Grosso do Sul.
"PORTELA era um frequentador assíduo do palácio do Alvorada, visitando o então presidente da República constantemente", diz o relatório da PF.