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Ramagem imprimiu relatório com informações sigilosas sobre inquéritos eleitorais no Rio, diz PF

Ex-diretor da Abin é acusado pela Polícia Federal de ter aparelhado órgão para atuar contra adversários políticos de Bolsonaro

Alexandre RamagemAlexandre Ramagem - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Federal apontou que, enquanto ocupava o cargo de diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem teria atuado para interferir em procedimentos investigativos nas eleições municipais de 2020. Em representação entregue ao ministro Alexandre de Moraes para a operação contra Carlos Bolsonaro nesta segunda-feira, a PF apontou que foi identificada a impressão, pelo então diretor da Abin, de uma lista contendo informações dos inquéritos eleitorais da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro.

A lista teria sido produzida em fevereiro de 2020 e apresentava o número do inquérito, o nome do investigado, o cargo político e o partido. As informações, segundo a Polícia Federal, eram sigilosas. Além disso, de acordo com a investigação, o uso do sistema First Mile teve um pico durante as eleições.

"A impressão de relatório de informações com referências à data 28/02/2020, a priori sigilosas, relacionadas à Inquéritos Policiais Federais da DELINST, unidade responsável pelas apurações eleitorais, da Superintendência Regional da Polícia Federal no ano de 2020", afirmou a PF.

Segundo o documento, das 60.734 consultas feitas ao sistema, 30.344 ocorreram durante as eleições municipais.

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