DECLARAÇÃO

Randolfe admite que relação com Lira não é ''das mais simples''

''A Câmara não pode ser carimbadora, nem o Executivo pode transferir as suas funções para a Câmara'', complementou o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Casa

Randolfe RodriguesRandolfe Rodrigues - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em entrevista ao programa Estudio I, da GloboNews, o senador e líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), respondeu ao discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na abertura do ano legislativo, nesta segunda-feira (5).

Em tom de cobrança, o pronunciamento de Lira tem como pano de fundo a disputa pelo controle do Orçamento e foi considerado por aliados do governo como uma antecipação da campanha para a sucessão no comando da Câmara em 2025.

— Tem um trecho do Evangelho que acho que vale: tudo tem seu tempo debaixo do Reino dos Céus — afirmou. Após enumerar uma série de medidas do governo, Randolfe completou: — Que a gente pegue no serviço, que se preocupe com esses temas. O momento da eleição vai ter.

Ao ser questionado sobre as cobranças de Lira por “respeito a acordos firmados e compromisso com a palavra empenhada”, Randolfe respondeu que “do ponto de vista da articulação política do governo, nenhuma carapuça serviu”.

— Todos os compromissos que o governo assumiu com o Parlamento desde o começo do ano, o governo tem procurado honrar. Nós não nos sentimos atingidos em relação a esses temas — disse.

Randolfe admitiu ainda que a relação com Lira não é “das mais simples”, ressaltando as diferenças entre a orientação ideológica do governo com o Congresso.

— Nós temos que conversar com o Parlamento, para tocar a agenda do que é importante para o Brasil — complementou.

Também em entrevista à GloboNews, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), fez coro ao discurso de Randolfe. Ele negou que exista qualquer tipo de desrespeito por parte do Executivo na relação com o Congresso:

— A Câmara nem pode ser carimbadora, nem o Executivo pode transferir as suas funções para a Câmara, como o ex-presidente Bolsonaro transferiu — disse o parlamentar.

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