Raquel Lyra acordou disposta a já criar a comissão de transição nesta segunda-feira
Segundo a governadora eleita, o governador Paulo Câmara já se colocou à disposição para iniciar os trabalhos
No dia seguinte à proclamação do resultado da eleição para o Governo de Pernambuco, a governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), anunciou ter acordado cedo nesta segunda-feira (31) já pensando em criar a comissão de transição.
"O governador (Paulo Câmara, PSB) me telefonou ontem [domingo] se colocando à disposição já para início desse trabalho e para que a gente possa tomar pé, de maneira mais profunda, de todas as informações do Estado, dos contratos, do orçamento e, com isso, a gente já começar a tomar decisões e permitir que, a partir de 1º de janeiro de 2023, comecemos, de fato e de direito, a trabalharmos para cumprir os compromissos que firmamos com a nossa gente", informou Raquel Lyra, autora da lei de transição de mandatos durante suas atividades como deputada estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
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Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco, da TV Globo, ao lado da vice, Priscila Karuase (Cidadania), a governadora eleita lembrou ter dito sempre disse que o maior desafio do nosso Estado é unir Pernambuco e conseguir estar com pessoas que pensem de maneira diferente.
"A gente não precisava de unanimidade, precisava de consenso. E o consenso em Pernambuco é o de que Pernambuco precisa mudar", pontuou, dizendo que, desmontados os palanques, "agora é trabalhar para todos os pernambucanos e buscar fazer com que a nossa gente possa viver melhor", declarou.
Relação com Lula
Sem em momento algum declarar qual seria seu palanque à Presidência da República, a governadora eleita sempre disse que não via lulistas ou bolsonarismas, mas estava de olho nos pernambucanos e nas pernambucanos. Com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Raquel Lyra reafirmou que muita coisa precisa ser feita em parceria com o Governo Federal, como a conclusão da adutora do agreste, a Transnordestina, a BR-232, a BR-104, para citar alguns exemplos.
Até o início da manhã desta segunda-feira (31), a govenadora não havia conversado com o presidente eleito, mas observou que o compromisso de ambos é o de "construir pontes" e aposta que não haverá problemas para isso.
"Não tenho dúvida nenhuma que, de maneira republicana, o presidente vai buscar atender a Pernambuco, no momento mais desafiador de sua história", ressaltou, contabilizando que o Estado tem hoje 2 milhões de pessoas passando fome.
Raquel acredita que nomes que estiveram em seu palanque e no do presidente Lula ajudarão a viabilizar essa relação. "Gente como a candidata Simone Tebet, o deputado Túlio Gadelha, e a própria senadora eleita Teresa Leitão, que não foi nossa senadora, mas já se colocou à disposição para ajudar na construção dessas pontes", citou.
A ex-prefeita de Caruaru disse que, de imediato, vai trabalhar em ações que possam ter efeito em curtíssimo prazo. "Quem tem um mandato não tem direito a longo prazo. Vamos trabalhar com programa emergencial Mães de Pernambuco, garantindo R$ 300 para mães de crianças de zero a seis anos de idade, vamos trabalhar o Restaurante no Prato, facilitar o ambiente de negócios em Pernambuco, para voltar a gerar emprego e renda, facilitando a abertura de novas empresas, expansão de novos negócios, qualificação profissional, concessão de crédito facilitado", contextualizou, listando algumas de suas propostas de Governo.