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Recebido por prefeito do PDT, Bolsonaro vai a Minas e faz aceno a eleitorado feminino

Presidente participou de cerimônia de entrega de títulos de terra no município de João Pinheiro

Foto: Reprodução

Em visita à cidade de João Pinheiro (MG), localizada a 400 quilômetros de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro foi ciceroneado por um correligionário de Ciro Gomes (PDT) o prefeito do município, Edmar Maciel, participou da cerimônia de entrega de títulos de terras e aproveitou para sinalizar em direção ao eleitorado feminino. Ele também aproveitou para fazer críticas a gestões anteriores à sua.

O discurso mais acalorado, contudo, partiu do prefeito. Apesar de estar filiado ao mesmo partido de Ciro Gomes, que, assim como Bolsonaro, é pré-candidato ao Palácio do Planalto, Edmar Maciel não poupou elogios ao presidente.

"Queria fazer esse testemunho junto com os pinheirenses do apoio que tivemos do governo federal na pandemia. O senhor está fazendo história no nosso país", afirmou o prefeito, que fez questão de ir receber Bolsonaro no aeroporto.

Acompanhado dos ministros da Agricultura, Marcos Montes, e da Secretaria de Governo, Célio Faria, além do presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, Bolsonaro fez questão de bater bumbo sobre o fato de grande parte dos títulos de terra distribuídos à população local estar em nome da mulher da família beneficiada. Pesquisa do Datafolha divulgada em março apontou que ele enfrenta rejeição de 60% entre as brasileiras.

"Quando a gente entrega os títulos, vocês repararam que todos os títulos estavam em nome da mulher, isso vem lá da Tereza Cristina (ex-ministra da Agricultura), do Geraldo e de uma grande ministra que nós temos, da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. O governo que ao fazer a opção, faz pela mulher", afirmou, jogando confetes sobre suas duas ex-auxiliares, que devem concorrer ao Senado.

O presidente aproveitou para criticar os governos petistas, fazendo referência ao escândalo de corrupção que atingiu a Petrobras.

"Endividaram a Petrobras em R$ 900 bilhões, ou seja, o que aquela turma roubou só numa estatal foi muito mais do que nós gastamos com a pandemia em 2020", comparou.

Durante todo o trajeto da comitiva presidencial havia outdoors com palavras de apoio a Bolsonaro. Um grupo de WhatsApp intitulado "Bolsonaro Malvadão", que tem cerca de 250 membros, encabeçou a organização da recepção ao titular do Palácio do Planalto. Herculano Henrique, morador e empresário autônomo da região, é um dos membros do grupo.

"Começamos a nos organizar há 40 dias, mais ou menos. Compramos quase 300 bonés, mas não ficaram prontos, umas 200 camisetas, 600 bandeiras, além de 5 mil adesivos. Chuto que tenha dado R$20 mil", calculou.

Vavá Garcia, morador e empresário da região, foi quem imprimou alguns dos outdoors instalados pela cidade. 

"Minha empresa que fez uns 20 outdoors. Na chegada dele e no trajeto. Foi tudo pago com vaquinhas. Um outdoor dá em torno de R$ 1,4 mil", revela.

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