Reforma Tributária: "Não vou entrar em briga de Bolsonaro com Lula ", diz relator
Aguinaldo Ribeiro diz que a discussão não pode ser contaminada pela política radical e que não haverá um texto de consenso
O relator da Reforma Tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou em evento da Confederação Nacional dos Municípios (CMN), nesta terça-feira (4), que está aberto a críticas, mas que não haverá um texto de consenso.
Em meio à articulação do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro contra a aprovação da proposta no Congresso, ele destacou que a discussão não pode ser contaminada pela política.
- Estamos abertos a construir nesse texto constitucional a melhor solução federativa, a melhor solução política que nos dê conforto e tranquilidade para votar. Mas não vamos ter um texto de consenso. Não existe isso em uma matéria tão complicada - disse o relator.
Ribeiro acrescentou ainda:
- Essa não é uma reforma de partido político, de direita, nem de esquerda e centro. Essa é uma reforma do Brasil. Não vou entrar em briga de Bolsonaro com Lula (...). Não vamos permitir que se contamine com a política radical porque não temos interesse nela. Temos que pensar no nosso país. Essa proposta nasceu no Parlamento e que está sendo discutida com municípios, estados e União.
O relator afirmou ainda que a reforma vai prezar os interesses dos municípios e que precisa "de mais conversa" para construir nessa reta final um texto que assegure o equilíbrio federativo.
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- Não podemos construir um sistema capenga, se for para fazer o pior do que está, é melhor deixar como está - disse o relator.
Ele mencionou que os municípios terão direito a um seguro em caso de perdas e que ainda vai ser reunir com governadores e bancadas para fazer os ajustes finais no relatório.
De forma geral, a CMN apoia a reforma por estimar que haverá ganhos, diferentemente da Frente Nacional dos Prefeitos.