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BOLSONARO

Relatora diz que CPMI do 8 de Janeiro contribuiu para indiciamento de Bolsonaro pela PF

Ao todo, 37 pessoas foram citadas pela corporação, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Atos golpistas de 8 de janeiroAtos golpistas de 8 de janeiro - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), responsável pela relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, disse nesta quinta-feira, 21, que a atuação do grupo foi crucial para embasar os indiciamentos da Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.

Ao todo, 37 pessoas foram citadas pela corporação, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob acusações de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Eliziane disse que 11 dos nomes indiciados constavam no relatório da CPMI, o que, segundo ela, demonstra a precisão e relevância do trabalho realizado ao longo de cinco meses no Congresso. "Ela foi certeira e realmente caminhou naquilo que deveria caminhar, tanto que nós temos hoje esse resultado", disse a relatora sobre os indiciamentos.

O documento da comissão, aprovado em outubro de 2023, solicitava 61 indiciamentos, abrangendo vários integrantes do governo Bolsonaro, incluindo militares e ex-ministros do governo dele, como Walter Braga Neto, da Defesa; Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Anderson Torres, da Justiça.

O relatório da comissão foi entregue ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, depois que ele assumiu o cargo, em dezembro de 2023. "A informação que ele nos passou foi de que todo o conjunto de informações do relatório seria considerado. Então, para nós, isso foi um dado muito importante."

Embora o relatório da CPMI tenha antecipado nomes que constam no inquérito da Polícia Federal, a senadora apontou que em nenhum momento houve suspeita sobre um plano de assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Se você perguntar se houve elementos que apontavam uma tentativa de assassinato, de forma clara e substancial, nós não tivemos", disse, afirmando que a comissão teve pouco tempo para trabalhar. "Nós tivemos evidências claras de uma tentativa de golpe de Estado, de abolir de forma violenta o Estado Democrático de Direito."

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