Relógio, quadro, esculturas: destruídas no 8 de janeiro, obras restauradas chegam ao Planalto
Artes danificadas serão expostas em evento de dois anos dos ataques antidemocráticos
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O relógio de Balthazar Baltimore, destruído durante os ataques do 8 de janeiro pelo mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, retornou ao Palácio do Planalto nesta terça-feira após passar por uma restauração na Suíça. O artefato será exposto durante o evento de dois anos da invasão às sedes dos Três Poderes, amanhã.
Fabricado no Século XVII, o relógio foi um presente da corte francesa para Dom João VI e foi trazido ao território brasileiro pela família real portuguesa em 1808. A relíquia fazia parte do acervo do Palácio do Planalto e sua reparação ocorreu após uma parceria do governo brasileiro com a embaixada suíça.
Responsável pela destruição do objeto, o mecânico do interior de Goiás, Antônio Cláudio Alves Ferreira, foi condenado pelo STF a 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Esculturas e quadro
Ao menos outras três peças que foram restituídas após vandalização chegaram ao Planalto na tarde de ontem: o quadro As Mulatas, a escultura em bronze O Flautista, de Bruno Giorgi, e a escultura de madeira Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg.
As obras foram entregues sob escolta da Polícia Federal.
A cerimônia que vai marcar os dois anos dos ataques em 8 de janeiro, nesta quarta-feira, contará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros do governo e o chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. C
onforme mostrou o colunista Lauro Jardim, os presidentes do Senado e Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, foram convidados mas não participarão.