Renan Calheiros pressiona por andamento de CPI no Senado em meio a crise em Maceió
Seu adversário político, o presidente da Câmara Artur Lira, fala em união das instituições para resolver situação em postagens
Em meio a disputas políticas regionais em Alagoas, os principais lideranças se manifestaram nas redes sobre o alerta para o "risco iminente de colapso" de mina da Braskem, em Maceió, capital do estado. Adversários, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) tiveram posições diferentes em suas postagens, com o primeiro pregando a união das instituições para conter danos à população enquanto o ex-presidente do Senado pressiona o andamento da CPI sugerida por ele no Senado, para investigar as responsabilidades pelo afundamento do solo causado pela mineração.
O presidente da Câmara cita seu aliado, o prefeito de Maceió, JHC, em seu comunicado. O político afirma ainda que segue monitorando a situação em tempo real.
"O prefeito JHC comunicou-me do ocorrido e das providências urgentes adotadas para evitar acidentes e vítimas. Ele segue monitorando a situação em tempo real, em colaboração com os órgãos competentes. Precisamos estar todos unidos nesse momento e buscar todos os meios para evitar danos maiores. Precisamos estar todos unidos nesse momento e buscar todos os meios para evitar danos maiores. Maceió e sua população sempre vêm em primeiro lugar, e estarei sempre ao lado deles", escreveu o parlamentar.
Entrei em contato com o Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, solicitando prontidão e alerta da Defesa Civil Nacional para acompanhar as graves consequências geradas pela exploração das minas pela Braskem, em Maceió.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) November 30, 2023
O prefeito JHC comunicou-me [+]
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Já Renan Calheiros definiu a situação em Alagoas como o "maior crime ambiental do mundo". Ele também reforçou a pressão para o início dos trabalhos da CPI instaurada no Senado para investigar as responsabilidades do caso. A leitura do documento que dá o pontapé oficial para a instalação do colegiado aconteceu ainda em outubro, mas até o momento os partidos não indicaram os nomes que vão compor a mesa.
"Medo, pânico, remoções tardias e caóticas, evacuação de hospitais, restrição de circulação e previsões sombrias para o maior crime ambiental do mundo, cometido pela Braskem, cujas ações afundaram após pedirmos o socorro federal. Alguns oportunistas só queriam faturar e, agora, perderam a credibilidade e isenção. Diante do colapso, despertaram já com a porta arrombada. CPI já", publicou o senador.
O senador também postou um vídeo, onde pede que o governo federal ajude o governo do estado, hoje comandando por seu aliado, Paulo Dantas (MDB-AL).
A situação em Maceió se agrava depois do crime ambiental da Braskem, o maior em área urbana do mundo. A população não está suficientemente informada e, por isso, o governo federal precisa ajudar o estado!https://t.co/VvUaHYih6A pic.twitter.com/0WG0PizsqY
— Renan Calheiros (@renancalheiros) November 29, 2023
Filho do senador, o ministro dos Transportes, Renan Filho, usou um tom conciliador o comentar o incidente. Em um posicionamento divergente do pai, o ex-governador afirmou que "não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve".
"Não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve. A @braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses", escreveu.
Não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve. A @braskem
— Renan Filho (@RenanFilho_) December 1, 2023
precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses. pic.twitter.com/CS8VAAduPC