Repressão na Venezuela

Repressão na Venezuela: Argentina repudia corte de luz de embaixada em Caracas 

Declaração ocorre um dia após líder chavista dar um prazo de 72 horas para a delegação diplomática argentina deixar o país

O governo argentino repudiou nesta terça-feira o que chamou de "hostilização" de sua embaixada na Venezuela.O governo argentino repudiou nesta terça-feira o que chamou de "hostilização" de sua embaixada na Venezuela. - Foto: Federico Parra/AFP

O governo argentino repudiou nesta terça-feira o que chamou de “hostilização” de sua embaixada na Venezuela – e responsabilizou o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro pelo corte de energia elétrica na sede diplomática, onde se refugiam seis opositores do regime chavista.

A declaração ocorre um dia após Maduro dar um prazo de 72 horas para a delegação diplomática da Argentina deixar o país.

Em comunicado, o governo argentino advertiu sobre “qualquer ação deliberada que coloque em perigo a segurança do pessoal diplomático da Argentina e dos cidadãos venezuelanos sob proteção” que permanecem na embaixada.

A administração do presidente Javier Milei também fez “um apelo à comunidade internacional sobre a importância de lutar pelo cumprimento das normas internacionais que regem as relações diplomáticas entre os Estados”.

Nesta segunda-feira, o governo venezuelano anunciou a retirada do pessoal diplomático da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai do país, bem como a saída dos seus próprios representantes nestas nações.

A decisão foi feita após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ter declarado a vitória de Maduro nas eleições sem apresentar as atas da votação. O resultado foi amplamente criticado pela comunidade internacional, incluindo os países citados, que exigiram transparência no pleito.

Milei havia denunciado “uma fraude” no processo eleitoral da Venezuela – e rejeitou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. 

No âmbito sul-americano, restaram na Venezuela apenas as embaixadas da Bolívia e talvez do Brasil e Colômbia (governos que, ainda que não tenham reconhecido a vitória do chavista, sustentam a necessidade de esperar para ver dados concretos antes de avalizar ou condenar o processo eleitoral que determinou a continuidade de Maduro no poder até 2031).

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