Rolex, escultura e joias: veja fotos dos bens que aliados de Bolsonaro negociaram nos EUA
Investigação da Polícia Federal mostra que Mauro Cid e seu pai trocaram fotos dos presentes oficiais que foram negociados
A investigação da Polícia Federal sobre a venda de presentes oficiais valiosos dados ao então presidente Jair Bolsonaro envolvendo o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, traz imagens dos objetos alvos da investigação.
O pai, o general Lourena Cid, foi um dos alvos da operação da PF deflagrada na manhã desta sexta-feira. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo a investigação, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid tentou vender esculturas recebidas por Bolsonaro durante uma viagem oficial ao Oriente Médio, mas não teve sucesso porque elas não eram de ouro.
"Aquelas duas peças que eu trouxe do Brasil: aquele navio e aquela árvore; elas não são de ouro. Elas têm partes de ouro, mas não são todas de ouro (...) Então eu não estou conseguindo vender. Tem um cara aqui que pediu para dar uma olhada mais detalhada para ver o quanto pode ofertar (...) eu preciso deixar a peça lá (...) pra ele poder dar o orçamento. Então eu vou fazer isso, vou deixar a peça com ele hoje (...)", diz Cid na mensagem, segundo a transcrição da PF.
Em seguida, na mesma mensagem, Cid relata a Câmara o procedimento de venda, por meio de leilão, de um kit que conteria um relógio. "O relógio aquele outro kit lá vai, vai, vai pro dia sete de fevereiro, vai pra leilão. Aí vamos ver quanto que vão dar (...)", disse o ex-ajudante de ordens. Câmara, então, respondeu ao colega, retomando o assunto inicial dos US$ 25 mil: "Melhor trazer em cash".