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Rio de Janeiro

Romário declara voto a Paes e diz que não foi convidado para campanha de Ramagem

Ao ser perguntado se sua posição causou algum desconforto com o PL, partido de Ramagem, Romário respondeu que "até o momento, ninguém falou nada"

Ex-jogador e atual senador do PL, Romário Ex-jogador e atual senador do PL, Romário  - Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Romário, senador do PL, declarou voto ao prefeito Eduardo Paes (PSD) na corrida para prefeitura do Rio.

Apesar de seu partido ter lançado Alexandre Ramagem, hoje principal adversário do prefeito, o senador diz que não foi convidado para participar da campanha.

Romário repete o que fez na eleição de 2020, quando contrariou o seu partido.

A ausência de Romário foi percebida na manhã desta sexta-feira, no primeiro dia de campanha de Ramagem, quando os dois outros senadores do PL — Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho — caminharam com o ex-presidente da Abin na Central do Brasil.

— Realmente não fui convidado, mas sou Eduardo [Paes] — afirma o ex-jorgador.

O apoio à reeleição de Paes ainda não tinha sido divulgado pelo senador, mas, segundo ele, todos sabem da sua relação com o prefeito. Ao ser perguntado se sua posição causou algum desconforto com o partido, Romário respondeu que "até o momento, ninguém falou nada".

— Todo mundo sabe da minha relação com o prefeito. Não sei se ele quer que eu participe da campanha dele ou se terei tempo para isso, mas meu voto é no Eduardo — disse.

A ausência do senador, porém, não causou mal-estar para os envolvidos na campanha, e sim o contrário.

O Globo apurou que aliados de Ramagem estão procurando associar seu nome com o de Bolsonaro e que a presença de Romário não ajuda a trazer os votos ideológicos dos apoiadores do ex-presidente.

Em 2022, na campanha que o reconduziu ao Senado, Romário chegou a esconder o então presidente e candidato à reeleição de seus santinhos.

Para alguns integrantes do partido, Romário é visto como “um traidor” por não ter a posição alinhada ao núcleo duro do bolsonarismo.

Em abril, por exemplo, o nome de Romário foi vaiado por bolsonaristas em um ato em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

A reação negativa aconteceu quando seu nome foi citado por Valdemar Costa Neto ao elencar algumas figuras da política fluminense.

Enquanto os senadores do PL Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho estiveram com Ramagem na manhã desta sexta-feira, Romário cumpriu uma agenda discreta no primeiro dia de campanha do irmão Ronaldo Faria, de 57 anos, como candidato a vereador.

Eles estiveram no Largo da Penha conversando com eleitores.

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