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Rui Costa diz desconhecer alvos monitorados da Abin, mas que possibilidade de estar na lista é alta

Sob Bolsonaro, agência utilizou programa secreto capaz de vigiar os passos de até 10 mil pessoas por ano

Rui Costa, ministro da Casa CivilRui Costa, ministro da Casa Civil - Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (22) considerar alta a probabilidade de estar na lista de alvo monitorados por um programa secreto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Como revelou O Globo, durante os primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, a agência utilizou uma ferramenta capaz de localizar qualquer pessoa no país apenas pelo número do celular.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferiu a Abin do Gabinete de Segurança Institucional para o guarda-chuva da Casa Civil. Embora a agência esteja subordinada a ele, Costa negou que tenha tido acesso à lista de monitorados.

— A Polícia Federal vai investigar se fez, quem fez e quem foi alvo desse monitoramento, quem sabe estou lá nesse alvo, o presidente Lula está lá nesse alvo.

Costa disse que não pediu “para ver nenhum documento porque não sou delegado, não sou investigador, não tenha especialidade e formação para isso”.

Indagado se não teve curiosidade de conferir se estava entre os monitorados, o ministro respondeu:

— Não tive, mas a probabilidade de eu estar lá é alta.

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Costa ainda afirmou que foi acertado com Lula que o governo não iria se envolver diretamente nas investigações de questões relativas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

— Todo e qualquer denúncia que aparecer aqui do passado, como foi o caso das joias e agora esse caso da Abin ,vamos reunir o material que tem, solicitar à Polícia Federal que abra processo e mandar todo material para lá. Não queremos ficar tratando desse passado aqui, porque entendemos que isso não faz parte da nossa agenda.

Ainda segundo o ministro, o delegado da Polícia Federal Luiz Fernando Ocorrência só assumirá o comando da agência quando seu nome for referendado pelo Senado.

— Começamos a organizar e estruturar a Abin, que a ideia é que tenha caráter profissional, absolutamente legal, de valorização nos devidos postos de quem fez carreira na Abin.

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