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Sabatina de novo chefe da Abin é marcada no Senado

Escolhido por Lula para comandar a Agência Brasileira de Inteligência, Luiz Fernando Correa participará de sessão parlamentar nesta quinta-feira (30)

Luiz Fernando Correa, ex-diretor-geral da PF, em foto durante evento em 2019Luiz Fernando Correa, ex-diretor-geral da PF, em foto durante evento em 2019 - Foto: Leonor Calasans/IEA-USP/Divulgação

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional marcou para quinta-feira (30), às 9h, a sabatina do indicado por Lula para assumir a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa. A indicação foi confirmada pelo Palácio do Planalto no início do mês.

Luiz Fernando Correa é visto na Abin como uma indicação direta de Lula. Entre setembro de 2007 a janeiro de 2011, ele atuou como diretor-geral da PF na gestão do petista e, no governo Dilma, ocupou funções importantes na segurança nas Olimpíadas, por exemplo. Antes disso, de novembro de 2003 a setembro de 2007, foi secretário Nacional de Segurança Pública do governo Lula.

Lula quer um nome de sua estrita confiança no comando do órgão e pediu a Correa que apresentasse um projeto de uma agência moderna de informação e que, nas palavras dele, cumpra seu papel vocacional no estatuto.

A indicação de Luiz Fernando Correa desagradou parte do corpo técnico da Abin, que, desde o período da transição, trabalhava para que o comando do órgão saísse das mãos de membros da Polícia Federal e voltasse a ficar sob a chefia um funcionário de carreira da agência.

Por outro lado, avaliam que a indicação de Luiz Fernando guarda aspectos positivos, por ser um nome experiente e com trânsito político, que chega com o discurso de reestruturar e valorizar as carreiras da agência.

No início do mês, Lula oficializou a transferência da Abin para a Casa Civil da Presidência da República. Antes, o órgão era vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) responsável pela segurança dos palácios presidenciais, incluindo o Palácio do Planalto, invadido e depredado no 8 de janeiro.

A equipe de Lula mostrava incômodo com a militarização da inteligência e avaliava que esse formato era um "resquício do período da ditadura militar”. Com os ataques, a confiança de Lula nos militares palacianos ficou ainda mais fragilizada e a mudança acabou se concretizando.

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