Saiba quem é Verônica Costa: de musa do funk aos 16 anos a vereadora com cinco mandatos
A "Mãe Loira do Funk", como é chamada pelos fãs, coleciona polêmicas ao longo de sua carreira. Como política, é autora de 124 projetos aprovados
Quem vê a vereadora Verônica Costa — condenada pela 2ª Câmara Criminal da capital a dez anos e oito meses de prisão por prática de tortura contra ex-marido Márcio Costa, na terça-feira — em ação no plenário do Palácio Pedro Ernesto, mal se lembra da jovem de 16 anos que no início dos anos 1990 embarcou numa carreira de sucesso e prestígio no mundo do funk ao lado do primeiro marido, Rômulo Costa, da emblemática equipe de som Furacão 2000.
Após a separação de Rômulo, a “mulher carioca, nascida e criada na Comunidade Tomas Coelho, atrás do Morro do Juramento”, como se define em sua página pessoal, se candidatou pela primeira vez e construiu uma sólida carreira na política carioca.
A “mãe loira do funk”, como é conhecida pelos fãs, está no seu quinto mandato na Câmara do Rio o que faz dela uma das parlamentares mais antigas na Casa em atividade. Ela foi eleita pela primeira vez no ano 2000 e desde então só esteve fora na legislatura de 2009 a 2012. Em 2020, teve 17.939 votos, pouco menos que a metade dos 36.961 que obteve quando se candidatou pela primeira vez.
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Atualmente, Verônica Costa preside a comissão de prevenção às drogas da Casa e é vice-presidente da comissão de defesa da mulher. Além do PL, seu atual partido, já teve passagens por PMDB e DEM (atual União).
Nos vinte anos como vereadora, teve aprovadas um total de 124 propostas, das quais muitas apresentadas em conjunto com outros vereadores. A mais recente delas foi publicada ontem no Diário Oficial e estabelece a inclusão do dia da campanha Quebrando o Silêncio, sobre a violência contra a mulher, no calendário oficial da cidade do Rio.
Em seu perfil na página da Câmara Municipal, o texto de apresentação da vereadora a descreve como “tendo sua carreira política marcada pela luta dos direitos dos jovens, do empoderamento das mulheres, da luta contra qualquer tipo de violação aos direitos humanos e garantias para a comunidade LGBTQI+”.
Ao longo de sua trajetória a “mãe loira” colecionou controvérsias. Em 2006, se envolveu em polêmica ao homenagear 87 funkeiros com diplomas distribuídos no plenário da Câmara do Rio em reconhecimento social de seus trabalhos. No grupo, havia vários músicos que eram investigados pelo Ministério Público por apologia ao tráfico de drogas. Um dos investigados era MC. Catra, que morreu em 2018.
Ficaram famosas também as brigas públicas com Priscila Nocetti, a nova esposa do ex-marido Rômulo Costa, com direito a áudios vazados. Em julho do ano passado, a vereadora publicou em suas redes sociais um vídeo no qual mostrava seu carro atingido por tiros com a legenda: "Estou viva. De acordo com ela, veículo blindado foi atingido por disparos durante uma tentativa de assalto na altura de Fazenda Botafogo, na Zona Norte do Rio. Ninguém ficou ferido.