NEGOCIAÇÕES

São Paulo, do governador Tarcísio, diz que aceita "perder alguma coisa" para reforma tributária

O texto da reforma tributária está na Câmara do Deputados e a expectativa do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), é votar o projeto ainda nesta semana.

Tarcísio: São Paulo quer negociarTarcísio: São Paulo quer negociar - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ao participar, ontem, em Brasília de uma reunião com deputados e senadores da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), o secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Samuel Kinoshita, afirmou que o Estado aceita "perder alguma coisa" em arrecadação, se isso significar a aprovação da reforma tributária.

Para Kinoshita, a aprovação da reforma pode levar ao fim da chamada "guerra fiscal" entre os Estados. "O governador Tarcísio está dizendo: 'Posso até perder alguma coisa no curto prazo, com a mudança na tributação sobre origem e destino, mas acredito no modelo que a gente acaba com a guerra fiscal, passa a tributação para o destino. Isso vai ser um potencializador muito grande para a economia brasileira como um todo'", afirmou o secretário durante a reunião.

O texto da reforma tributária está na Câmara do Deputados e a expectativa do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), é votar o projeto ainda nesta semana. "São Paulo acredita que, apesar de potencialmente passar por alguma perda de curto prazo, esse princípio do destino tem sentido. A guerra fiscal tem sido deletéria", acrescentou Kinoshita.

Considerada uma das principais apostas do Governo, a reforma tributária recebeu o apoio de 67 economistas, empresários e administradores em um manifesto público, ontem. Dentre os signatários, estão os ex-ministros da Fazenda Henrique Meirelles e Guido Mantega, e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

Os economistas disseram reconhecer que "não existe reforma tributária ideal", mas afirmaram ter confiança de que, caso a proposta seja aprovada, "terá um efeito muito positivo sobre a produtividade e o crescimento do país, além de reduzir nossas desigualdades sociais e regionais". 

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