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BRASIL

'Se não investir na formação, vamos construir cadeia depois', diz Lula ao defender 'Pé-de-Meia'

Presidente da República marcou presença em inauguração de um complexo de produção de fertilizantes, ao lado do governador Romeu Zema

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o presidente Lula (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) em evento em Serra do SalitreO vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o presidente Lula (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) em evento em Serra do Salitre - Foto: Reprodução

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu nesta quarta-feira o programa "Pé-de-Meia", destinado a promover a permanência de estudantes no ensino médio público. Segundo o presidente, caso o país não invista em Educação, terá custo com o combate ao crime no futuro. A declaração ocorreu durante cerimônia de inauguração do Complexo Mineroindustrial da Eurochem, na Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro.

— Se a gente não investir dinheiro na formação dessas crianças agora, a gente vai ter que construir cadeia depois, contratar policial para combater o narcotráfico. A gente precisa acabar com o discurso de que educação é custo, de que salário de professor é custo.

Também discursaram o prefeito de Serra do Salitre, Paulo Silveira de Melo, e o presidente da EuroChem, Gustavo Horbach, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e os ministros de Minas e Energia, o mineiro Alexandre Silveira, e o da Agricultura, Carlos Fávaro.

Em seu pronunciamento, Silveira defendeu a necessidade do diálogo na política e fez elogios ao presidente que, segundo ele, seria o responsável pela volta da "boa política".

— O governo do presidente Lula não vive de narrativa de rede social, a gente trabalha para levar ações de verdade para melhorar a vida de brasileiros — disse o ministro, dando uma alfinetada no ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), e fez críticas às mineradoras — É inaceitável o que infelizmente nós temos por parte das grandes mineradoras no país, os potenciais não estão sendo explorados — disse, ao afirmar que parte das empresas fica com os direitos de exploração, sem exercê-los.

Já Carlos Fávaro afirmou que o agronegócio vive momentos de alegria no país e fez o "L", durante seu discurso:

— Ontem começamos o dia com o anúncio do governo chinês de 38 novas plantas frigoríficas brasileiras habilitadas de uma só vez. Isso significa confiança no nosso país, a volta da diplomacia. Enquanto ainda comemorávamos, veio o governo de Filipinas. Ontem durante a tarde, autorizou 137 plantas frigoríficas.

Zema, por sua vez, deixou seu vice comandar o início do discurso. Candidato pelo governo em 2026, Matheus Simões contou como a iniciativa auxilia o pequeno produtor.

O presidente Lula (PT) desembarcou nesta manhã em Minas Gerais apenas para cumprir esta agenda, importante para o agronegócio.

Entre as baixas, todavia, há uma série de aliados do governo federal. Parceiro de Lula na renegociação da dívida, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), não estará presente nesta passagem do presidente pelo estado, pois estará em Brasília, presidindo uma sessão na Casa Legislativa.

Os pré-candidatos que pleiteiam o apoio do presidente na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte também estarão ausentes por terem compromissos em Brasília ou na capital mineira. É o caso do prefeito Fuad Noman (PSD), da Duda Salabert (PDT) e da estadual Bella Gonçalves (PSOL). A exceção foi o petista Rogério Correia, nome da federação PT-PV-PCdoB, que esteve na solenidade.

A agenda marca a abertura de um complexo de produção de fertilizantes fosfatados. A expectativa é de que o polo adicione um milhão de toneladas do produto por ano ao agronegócio.

A previsão é de que o presidente retorne à Brasília já no início da tarde.

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