Secretário preso em Goiânia foi anunciado por Marçal para chefiar Saúde, caso fosse eleito em SP
Wilson Pollara foi detido nesta quarta-feira durante operação do Ministério Público de Goiás que apura pagamentos irregulares; em setembro, empresário divulgou seu nome como integrante de seu eventual secretariado
Preso nesta quarta-feira em operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, chegou a ser anunciado pelo empresário Pablo Marçal (PRTB) como integrante de seu secretariado, caso fosse eleito em São Paulo. O anúncio de Marçal foi feito em meados de setembro, durante coletiva de imprensa.
Na ocasião, o autointitulado ex-coach, que concorria à prefeitura da capital paulista, afirmou que gostaria de ter Pollara enquanto seu secretário de Saúde. Ele já havia sido afastado do cargo por 45 dias, em julho, por decisão do Tribunal de Contas de Goiás. O afastamento ocorreu por contratos irregulares firmados sob seu comando, motivo que o levou à prisão nesta quarta-feira.
Leia também
• STF avalia que relatório da PF fortalece denúncia única da PGR contra Bolsonaro e aliados
• Lula: Lira e Pacheco eram inimigos quando tomei posse, agora são meus amigos
O Globo procurou Pablo Marçal para comentar a prisão, mas não obteve retorno até a data desta publicação. O espaço segue em aberto para futuras manifestações.
Além de Pollara, Marçal também divulgou, à época, outros dois nomes que queria ter nas pastas: Marcos Cintra na Secretaria municipal de Finanças e Filipe Sabará, que não teve sua destinação anunciada.
Nesta quarta-feira, Wilson Pollara foi preso em uma operação decorrente de uma investigação do Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (GAEPP) que apura pagamentos irregulares que teriam sido firmados pela Secretaria de Saúde em Goiânia. Também foram presos o secretário executivo e o diretor financeiro da pasta.
Segundo a investigação, os envolvidos teriam deixado de repassar verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor, provocando um passivo de R$ 121,8 milhões que teria atrapalhado o atendimento regular do sistema de saúde da capital goiana.