Logo Folha de Pernambuco

ELEIÇÕES 2024

Segundo turno: pelo menos em Niterói, Bolsonaro já jogou a toalha. Confira os bastidores

Segundo turno: reduto progressista no Estado, a cidade passa, pela primeira vez, por um embate entre candidatos de esquerda e direita

Segundo turno: Bolsonaro não mostra entusiasmo em NiteróiSegundo turno: Bolsonaro não mostra entusiasmo em Niterói - Foto: Agência Brasil/EBC/Divulgação

Faltando apenas três dias para as eleições municipais de segundo turno, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem mostrado entusiasmo em várias cidades onde possui aliados na disputa, mas, nos bastidores, já jogou a toalha sobre uma disputa: a da Prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro. Reduto progressista no Estado, a cidade passa, pela primeira vez, por um embate entre candidatos de esquerda e direita no segundo turno da eleição municipal.

O ex-presidente avalia, em reserva, que são poucas as chances de o candidato do PL, o deputado federal Carlos Jordy, vencer o ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT). No primeiro turno, Neves teve 48,47% dos votos válidos e Jordy, 35,59%. As pesquisas que têm chegado às mãos do ex-presidente não são animadoras.

O candidato do PDT adotou a estratégia de se colocar como o representante de uma frente ampla de partidos. Neves recebeu apoios de peso, como o do ex-deputado federal Alessandro Molon (PSB), do prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes (PSD) e do prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá (PT). O ex-prefeito de Niterói também foi recebido pelo presidente Lula, em Brasília, no início do mês.

Jordy tem os integrantes da família Bolsonaro como os principais padrinhos políticos. O deputado também teve o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do prefeito reeleito em São Gonçalo, Capitão Nelson (PL). A ascensão da direita nas eleições municipais deu fôlego a uma estratégia que Jair Bolsonaro já vinha colocando em marcha: segurar ao máximo a disputa por seu próprio lugar na sucessão presidencial de 2026.

Bolsonaro pretende propagandear a vitória de seus candidatos para pressionar o Congresso pela aprovação de diferentes projetos confrontando o Supremo Tribunal Federal, com ênfase naqueles que propõem algum tipo de anistia a condenados pelo 8 de Janeiro e, se possível, a sua própria inelegibilidade.

Não é tão simples assim. Depois de um período de exílio doméstico para costurar as campanhas às prefeituras de Alagoas, Arthur Lira começa a voltar a Brasília para deflagrar a campanha por sua própria cadeira de presidente da Câmara.

Diante do temor de aliados de que a tropa bolsonarista volte com a faca no dente para transformar a agenda pessoal do capitão reformado em exigência para apoiar o nome indicado por ele, o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), Lira tem dito que resolverá isso e evitará que anistia e projetos afins sejam transformados no cerne da discussão pelo controle da Casa.

Veja também

Com avaliações médicas diárias após queda, Lula deve fazer novo exame de imagem na sexta-feira
SAÚDE DO PRESIDENTE

Com avaliações médicas diárias após queda, Lula deve fazer novo exame de imagem na sexta-feira

Raquel Lyra começa a construir frente política ampla para consolidar legado próprio
FOLHA POLÍTICA

Raquel Lyra começa a construir frente política ampla para consolidar legado próprio

Newsletter