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Segurança de Dilma e investigado por atos antidemocráticos: quem é Luciano Zucco, líder da oposição

Bolsonarista presidiu a CPI do MST e foi alvo de inquérito por atos antidemocráticos

 Deputado Luciano Zucco (PL-RS) Deputado Luciano Zucco (PL-RS) - Foto: Câmara dos Deputados

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Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Luciano Zucco (PL-SP) assumirá a liderança da oposição na Câmara a partir do ano que vem. Apesar do rótulo de bolsonarista, Zucco tem em seu currículo serviços prestados à ex-presidente Dilma Rousseff.

Ele foi coordenador do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) entre 2010 e 2016, nas gestões de Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

No ano passado, virou alvo de apuração da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, por suspeitas de ter incentivado atos antidemocráticos em 2022, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.

O deputado bolsonarista também presidiu a CPI do MST no ano passado, que terminou sem apresentar um relatório final.

Zucco ficou com o posto depois de um acordo interno que deve levar Sóstenes Cavalcante (PL-RS) à liderança da bancada do partido de Bolsonaro em 2025.

O atual comandante da bancada, Altineu Côrtes (PL-RJ), é cotado para assumir a vice-presidência da Casa, caso se confirme a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Apesar da proximidade com Bolsonaro, Zucco só ingressou no PL no ano passado, após se mostrar descontente com a entrada do seu então partido, o Republicanos, na base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Amigo do ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Zucco foi o deputado estadual mais votado do Rio Grande do Sul em 2018. Na ocasião, ele usou o slogan "O homem que coordenou a segurança de presidentes da República está pronto para lutar pela segurança de todos os gaúchos".

Sobre ter sido responsável pela segurança de petistas, o militar chegou a gravar um vídeo à época em que afirmava ter apenas cumprido o seu dever profissional.

Ainda em 2018, ele foi para a reserva do Exército e abraçou bandeiras bolsonaristas — aborto, armas, contra a "ideologia de gênero" e pela propriedade privada. Com votação expressiva, ele fez parte da equipe de segurança na transição do governo de Temer para o de Bolsonaro.

Autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a deixar o Republicanos no ano passado, Zucco estreitou ainda mais o seu laço com o ex-presidente e com o comandante nacional do PL. Valdemar Costa Neto.

Durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, Zucco defendeu a liberação de recursos para o seu estado natal e foi crítico ao governo federal. Em 2022, ele havia sido o deputado federal mais votado do estado.

Ainda no Republicanos, ele presidiu a CPI do MST. Durante os trabalhos, acusou o governo de atuar para esvaziar os trabalhos do colegiado e chegou a protagonizar um embate direto com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), a quem ofereceu um hambúrguer, durante uma discussão. Por este motivo, foi acusado de gordofobia e machismo.

Em 2022, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul apontou o parlamentar como incentivador de atos antidemocráticos contra o resultado das eleições de 2022, o que incluía o bloqueio de estradas.

Sobre o episódio, Zucco sempre alegou inocência e negou qualquer envolvimento com esse tipo de atividade. No ano seguinte, ele seria alvo de inquérito por participação nos atos antidemocráticos.

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