Logo Folha de Pernambuco
ELEIÇÕES 2022

Sem citar Bolsonaro, Pacheco diz que defesa de democracia deveria partir de todos, "sem exceção"

Em evento na Bahia, presidente do Senado afirmou ser "inimaginável" ter que defender Judiciário de "ataques sem fundamento"

Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que é “inimaginável” ter que defender o Poder Judiciário de “ataques absolutamente sem fundamento”. A declaração enfática em defesa da democracia foi dada na noite dessa quinta-feira (12) durante a abertura do Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador, na Bahia

— É inimaginável pensar também que a essa altura nós estejamos a defender instituições, a defender o Poder Judiciário de ataques absolutamente sem fundamento algum, sem laço probatório, sem razoabilidade — afirmou.

Pacheco tem feito cada vez mais falas incisivas desde a última crise entre Poderes, cujo estopim foi o indulto presidencial concedido por Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). O parlamentar bolsonarista recebeu o perdão do mandatário menos de 24 horas depois de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitar à violência contra ministros da Corte

Poucos dias depois do caso, Bolsonaro também participou de atos cujas pautas defendiam o fechamento do Supremo e intervenção militar — manifestações que foram chamadas por Pacheco de “anomalias graves”.

 

Sem citar o nome de Bolsonaro no discurso que fez no evento, o presidente do Senado afirmou que a defesa da democracia deveria ser feita por “todos, sem exceção”:  

— É difícil pensar que em pleno ano de 2022, com todos os problemas que temos no país, ainda precisamos ter a energia necessária para defender a democracia, que já está assimilada na sociedade e que, na verdade, devia ser uma defesa de todos sem exceção. Porque é a única forma de nós convivemos de forma harmônica e com algum progresso no nosso país. 

Por fim, Pacheco condenou ataques antidemocráticos e pregou o respeito e harmonia entre os Poderes: 

— Nesse ambiente que nós estamos hoje, de certa instabilidade, de ataques antidemocráticos, de arroubos que parecem popular para um determinado grupo mas que na verdade são atentados muito nocivos à sociedade brasileira, nós temos uma obrigação da união, do respeito. 

Veja também

Newsletter