Logo Folha de Pernambuco

Política

Senado aprova projeto que proíbe sacrifício de cães, gatos e aves por órgãos de controle de zoonoses

O relator da proposta no Senado, Telmário Mota (PROS-RR) alterou o texto original para incluir as aves e, por isso, o projeto terá que retornar à Câmara

Sacrifício de cães, gatos e aves pelos órgãos de controle de zoonoses pode ser proibidoSacrifício de cães, gatos e aves pelos órgãos de controle de zoonoses pode ser proibido - Foto: Divulgação/Luís Gava/PMC

O plenário do Senado aprovou na noite desta quarta-feira (11) projeto de lei que proíbe o sacrifício de cães, gatos e aves pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais do gênero. O texto aprovado prevê exceção da eutanásia nos casos de males, doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e a de outros animais.

O projeto prevê que o infrator está sujeito às penalidades previstas na Lei dos Crimes Ambientais, que vão de multa a prisão. O relator da proposta no Senado, Telmário Mota (PROS-RR) alterou o texto original para incluir as aves e, por isso, o projeto terá que retornar à Câmara. Na mesma noite, os senadores aprovaram projeto de lei que acaba com a prisão disciplinar para policiais e bombeiros militares.

Infrações disciplinares envolvem questões relativas a, por exemplo, corte de cabelo, atrasos, manifestações em redes sociais e desrespeito a hierarquia. O texto prevê prazo de um ano para que Estados e o Distrito Federal regulamentem e implementem a lei. A matéria vai para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta que deve ter sido a última sessão do Senado do ano, os senadores aprovaram um total de 18 projetos, a maioria simbolicamente e com o plenário já esvaziado. Além do pacote anticrime e da PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera repasse de emendas direto a estados e municípios, foram aprovados projetos como o que torna crime induzir ou instigar a automutilação, assim como prestar auxílio a quem a pratique e o que institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, de expedição gratuita. Estas duas proposições vão à sanção.

No primeiro caso, a pena será de reclusão de 1 a 3 anos em caso de lesão corporal grave ou gravíssima e de reclusão de 2 a 6 anos se houver morte. Já o projeto da carteira de identificação indica que ela deve garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no acesso e atendimento aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Leia também:
Bazar arrecada fundos para abrigo de animais na Várzea
Dia Nacional do Rodeio, instituído por Bolsonaro, será comemorado no dia do padroeiro dos animais
Câmara aprova MP que transfere Coaf para o BC; texto segue para Senado

O texto também diz que estabelecimentos públicos e privados mencionados na lei que estabelece atendimento prioritário a pessoas com deficiência, idosos com idade igual ou superior a 60 anos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e obesos poderão utilizar a fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do transtorno do espectro autista, para identificar prioridade às pessoas com o diagnóstico.

O projeto também obriga cinemas a reservar uma sessão mensal destinada a pessoas com autismo, devendo a sala de exibição oferecer os recursos de acessibilidade necessários.

Veja também

Bolsonaro alega perseguição e diz inquérito sobre tentativa de golpe é 'historinha'
Investigação

Bolsonaro alega perseguição e diz inquérito sobre tentativa de golpe é 'historinha'

Em live de Gilson, Bolsonaro ataca PF e Moraes ao falar sobre inquérito da tentativa de golpe
OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

Em live de Gilson, Bolsonaro ataca PF e Moraes ao falar sobre inquérito da tentativa de golpe

Newsletter