Tribunal de Contas da União

Senado decide nesta terça-feira (14) novo ministro do TCU

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Com três senadores no páreo, a disputa pela próxima vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) está indefinida e deve ser levada nesta terça-feira a plenário para ser resolvida voto a voto.

De acordo com pessoas próximas aos postulantes — os senadores Kátia Abreu (PP-TO), Antonio Anastasia (PSD-MG) e Fernando Bezerra (MDB-PE) —, eles estão dispostos a manter suas candidaturas.

A expectativa é que os candidatos ao cargo sejam inicialmente sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), pela manhã. Mesmo que algum seja reprovados, porém, todos terão seus nomes encaminhados à votação. A única chance de mudança ocorre em caso de desistência, o que pode acontecer até a deliberação.

Partido de Bezerra, o MDB, que detém a maior bancada da Casa, está dividido entre apoiar o correligionário ou Kátia Abreu. Além de parte dos emedebistas, Kátia conta com a simpatia do PT e do PP. Já Antonio Anastasia tem promessa de voto de membros da segunda e terceira maiores bancadas da Casa, respectivamente, o PSD e o Podemos.
 

Normalmente, a vaga ao TCU é definida por acordo, mas, neste caso, até ontem os senadores interessados em ocupar o cargo ainda mantinham as articulações para tentar virar votos e se viabilizar.

O escolhido para integrar o Tribunal de Contas vai ocupar a vaga de Raimundo Carreiro, apadrinhado pelos emedebistas José Sarney e Renan Calheiros (AL). Carreiro deixa a função após ser indicado por Jair Bolsonaro para assumir a embaixada do Brasil em Portugal. Entre os processos sob a relatoria de Carreiro está a investigação conduzida na corte sobre o dinheiro público gasto por Bolsonaro nas motociatas que ele fez pelo país durante a pandemia.

Carreiro tinha em seu gabinete pedidos de apuração sobre gastos com motociatas das quais o presidente participou. Em um dos casos, o ministro já teria se manifestado contrário ao prosseguimento da apuração, baseado em entendimento de auditores do TCU de que não tinha sido possível detectar irregulares. O gasto estimado da Presidência nas motociatas foi de R$ 1 milhão.

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