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Política

Senado restringe acesso após atos de violência em Brasília às vésperas da posse de Lula

No sábado passado (24), um empresário foi preso por tentar explodir um caminhão de combustível perto do Aeroporto de Brasília.

CongressoCongresso - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Secretaria de Polícia do Senado Federal restringiu, nesta segunda-feira (26), as visitas à Casa após a escaladas de atos antidemocráticos e episódios de violência em Brasília às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Um empresário foi preso no sábado (24) após tentar explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília. No domingo, um grupo de indígenas furou o bloqueio e entrou em uma área de acesso proibido do Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida de segurança prevê que todas as pessoas que ingressem no prédio do Senado passem pelos pórticos de raio-X e detectores de metais, inclusive servidores, que costumam ser dispensados desse procedimento. O Congresso está em recesso, mas funcionários costumam trabalhar mesmo neste período.

O novo procedimento também proíbe entrada de entregadores e determina que o embarque e desembarque de passageiros ocorra na área externa do Senado.

De acordo com comunicado divulgado pelo Senado, apenas os 81 senadores, servidores, profissionais terceirizados e estagiários poderão utilizar os serviços das agência bancárias localizadas dentro da Casa.

Nesta segunda-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, repudiou os atos de violência em suas redes sociais. "Não há espaço no Brasil democrático para atos análogos ao terrorismo, como a tentativa de explosão de um caminhão de combustíveis, em Brasília, felizmente abortada pelas forças de segurança", escreveu o presidente do Senado em uma rede social.

“As eleições se findaram com a escolha livre e consciente do presidente eleito que tomará posse no dia 1º de janeiro. O Brasil quer paz para seguir em frente e se tornar o país que todos nós desejamos!”, concluiu Pacheco.

Futuro ministro da Justiça, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino disse no domingo que irá propor ao Procurador Geral da República e ao Conselho Nacional do Ministério Público a criação de "grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável". A declaração foi feita após a Polícia Civil do Distrito Federal ter prendido um empresário paraense suspeito de colocar uma banana de dinamite em um caminhão de combustível perto do Aeroporto Internacional de Brasília.

De acordo com o delegado-geral da Polícia do DF, Robson Cândido, o homem preso mantém ligações com o acampamento de manifestantes pró-Bolsonaro instalado na frente do Quartel-General do Exército, na capital federal.

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