Pré-candidatos à presidência criticam presidente da Caixa, acusado de assédio sexual
As denúncias de assédio são investigadas pelo Ministério Público Federal
Os pré-candidatos à Presidência da República criticaram nesta quarta-feira o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que foi acusado por colegas de trabalho de assédio sexual. As denúncias são investigadas pelo Ministério Público Federal.
Diante das acusações, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu a "demissão sumária" de Guimarães.
— É inadmissível. A mulher precisa ser respeitada. A cara mais pobre do Brasil é a de uma mulher. (...) Elas não devem sofrer caladas — disse ela durante a participação em um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. A parlamentar ainda afirmou que já sofreu "assédio sexual" em ambiente de trabalho e "violência política". — Agora temos como denunciar — completou.
Leia também
• Proximidade com Bolsonaro, viagens e 'caça às bruxas', saiba quem é o presidente da Caixa
• Acusado de assédio, presidente da Caixa abriu evento citando esposa: "Vida pautada pela ética"
• Denúncia de assédio é vista como "desastre" por aliados de Bolsonaro; Guimarães deve deixar Caixa hoje
Logo depois, foi a vez do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) se pronunciar sobre o assunto durante o evento:
— Uma autoridade pública que usa do seu poder para constranger sexualmente uma mulher é um bandido. Tinha que ser demitido e responder pela cadeia — afirmou ele.
Pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante entrevista para uma rádio do interior paulista, que não é procurador ou policial para comentar as denúncias contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
— Vocês não me perguntaram do presidente da Caixa que está sendo acusado por assédio, mas também eu não sou procurador e não sou policial — afirmou Lula durante a entrevista para a Rádio Educadora AM de Piracicaba..
Na manhã desta quarta-feira, Guimarães discursou em um evento ocorrido a portas fechadas na sede da Caixa Cultural, em Brasília. Ele disse que tem uma "vida inteira pautada pela ética" e citou que estava acompanhado da esposa.
— São quase 20 anos juntos, dois filhos, uma vida inteira pautada pela ética, tanto é verdade que quando o assumi o banco, o banco tinha os piores ratings das estatais, dez anos de balanço com ressalvas, uma série de questões que todos vocês sabem — disse ele, conforme vídeo obtido pelo Globo.