Logo Folha de Pernambuco

ATOS DE 8/1

STF inclui mais um réu em julgamento de 'executores' dos atos de 8 de janeiro

Ações envolvendo quatro pessoas denunciadas pela PGR começam a ser analisadas nesta quarta-feira pelo plenário

Ato golpista 8 de JaneiroAto golpista 8 de Janeiro - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu mais um réu no julgamento das primeiras ações que podem levar à condenação pessoas acusadas pelos atos de 8 de janeiro. Com isso, serão analisados, ao todo, os casos de quatro réus classificados como "executores" pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, incluiu a ação penal relativa a Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, que foi preso em posse de um canivete após sair do Congresso Nacional.

Segundo a denúncia oferecida pela PGR, "conforme se verifica dos elementos probatórios coligidos, o denunciado foi autuado próximo ao Palácio do Buriti, voltando do Congresso Nacional, na posse de apetrechos que demonstraram a adesão, livre e consciente, aos atos violentos e às graves ameaças executados, assim como descortinaram a adesão e a contribuição para a obra coletiva comum, consistente na tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, com emprego de violência e grave ameaça, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes Constitucional”.

Lázaro está preso desde o dia 9 de janeiro no Complexo Penitenciário da Papuda. Além dele, serão julgados outros três réus: Aécio Lúcio Costa Pereira, de 51 anos, Thiago de Assis Mathar, de 43, e Moacir José dos Santos, 53.

Eles são acusados pela PGR de participação na depredação de prédios públicos e respondem pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável. Deles, apenas Santos está solto.

Em alegações finais encaminhadas ao Supremo em agosto, a PGR pediu que 40 réus, incluindo os qautro dessa primeira leva, sejam condenados a penas de até 30 anos. O órgão argumentou que as punições deveriam ser “exemplares”.

A votação que decidirá sobre a culpa ou inocência de cada um dos acusados será iniciada pelo relator, seguida pelo voto do revisor, ministro Nunes Marques. Em seguida, a votação será realizada a partir do ministro mais recente, Cristiano Zanin, até chegar ao ministro mais antigo no Tribunal, o decano Gilmar Mendes. O último voto é da presidente da Corte, ministra Rosa Weber.

Ao todo, deverão ser analisadas no Plenário 232 ações penais contra réus acusados dos crimes mais graves que ocorreram no 8/1.

Veja também

Inquérito do golpe traz ''fatos graves'', mas democracia ''é maior do que isso tudo'', diz Fachin
OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

Inquérito do golpe traz ''fatos graves'', mas democracia ''é maior do que isso tudo'', diz Fachin

Elmar defende apoio a Lula em 2026, e Caiado rebate: "O União jamais vai caminhar com o PT"
Lula

Elmar defende apoio a Lula em 2026, e Caiado rebate: "O União jamais vai caminhar com o PT"

Newsletter