Logo Folha de Pernambuco

STF

STF libera eventos para arrecadação de recursos para candidaturas

O novo entendimento vai valer para as campanhas de 2022

Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal  - Foto: Agência Brasil

Leia também

• Moraes, do STF, manda PF tomar depoimento de Bolsonaro em 30 dias

• Alcolumbre diz ao STF que não marcou sabatina de Mendonça por 'turbulência'

• Bolsonaro pede para prestar depoimento presencial à PF, e STF suspende julgamento

Por 7 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (7) manter a proibição de showmícios durante as campanhas eleitorais. No entanto, a Corte liberou a realização de apresentações artísticas internas para arrecadação de recursos. O novo entendimento vai valer para as campanhas de 2022. 

O Supremo julgou uma ação protocolada em 2018 por três partidos. Na ação, PSB, PSOL e PT questionaram a constitucionalidade do trecho da Lei 11.300 de 2006 que proibia as apresentações artísticas, remuneradas ou não, para promoção de candidatos em comícios e reuniões eleitorais. A norma alterou a Lei 9.504 de 1997 (Lei das Eleições). As legendas sustentaram que a proibição é incompatível com a garantia constitucional da liberdade de expressão. 

No julgamento, que foi iniciado ontem (6), prevaleceu o voto proferido pelo relator, ministro Dias Toffoli, para quem os showmícios devem continuar proibidos, mas eventos partidários com finalidade arrecadatória podem ser realizados, por tratar-se de modalidade de doação de pessoas físicas, permitidas legalmente. 

Além do relator, votaram no mesmo sentido os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. 

O ministro Gilmar Mendes votou contra a realização dos showmícios e dos eventos de arrecadação e alertou que a medida poderá provocar fraudes, como aluguel de CPFs de pessoas físicas para justificar as contribuições e dificuldades para fiscalizar o cumprimento do teto de 10% dos rendimentos brutos para doações pessoas físicas e a proibição de contribuição de empresas. 

“Esses eventos de arrecadação não serão chás da tarde, mas eventos midiáticos, um meio propício para lavagem de capitais, seja de dinheiro não declarado, seja de propina acertada com os próprios políticos, uma espécie de cashback do crime, embalado musicalmente”, afirmou. 

O presidente do STF Luiz Fux e Nunes Marques também votaram no mesmo sentido.

Veja também

Militares indiciados pela PF queriam arrastar promotor e deputados para gabinete do golpe
OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

Militares indiciados pela PF queriam arrastar promotor e deputados para gabinete do golpe

Governadora Raquel Lyra anuncia licitação para duplicação de trecho da BR-232
PE na Estrada

Governadora Raquel Lyra anuncia licitação para duplicação de trecho da BR-232

Newsletter