STF forma maioria de votos para condenar homem que quebrou relógio no 8/1
Antônio Cláudio Alves Ferreira, julgado no STF, danificou peça histórica durante invasão ao Palácio do Planalto
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria de votos nesta sexta-feira para condenar o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o rapaz é o responsável por danificar um relógio histórico no Palácio do Planalto.
O julgamento ocorre no plenário virtual, quando os votos são inseridos no sistema eletrônico. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que propôs uma pena de 17 anos de prisão para Antônio Cláudio.
Leia também
• Pacheco critica ataques ao STF: "Saia da rede social e vá trabalhar"
• STF tem dois votos para condenar homem que quebrou relógio no 8 de janeiro
• Relógio destruído no 8/1 é único no Brasil e exemplar semelhante está no Palácio de Versalhes
Acompanharam o relator pela condenação os ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Luiz Edson Fachin – os dois últimos defenderam uma pena menor para o réu, 15 anos de prisão.
Em seu voto, Moraes disse haver um "robusto conjunto probatório" contra o mecânico, que esteve no acampamento montado em frente ao QG Exército, em Brasília, onde pessoas defendiam uma intervenção militar. O investigado foi preso após fazer registros dentro do Palácio do Planalto.
"Está comprovado [...] que Antônio Claudio Alves Ferreira, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito, visando o impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede do Três Poderes da República", afirma Moraes.