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STF vai analisar denúncia da PGR contra Carla Zambelli e hacker por invasão do sistema do CNJ

Primeira Turma analisa denúncia da PGR contra hacker Walter Delgatti e deputada; ela nega acusação e diz que não há provas

O hacker Walter Delgatti Netto encontrou-se com a deputada Carla Zambelli, aliada de Bolsonaro, em julho de 2022: enredo envolveu reunião com então presidenteO hacker Walter Delgatti Netto encontrou-se com a deputada Carla Zambelli, aliada de Bolsonaro, em julho de 2022: enredo envolveu reunião com então presidente - Foto: Reprodução/Redes sociais

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ( STF) irá analisar nesta terça-feira a denúncia apresentada contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça ( CNJ). A tendência é que a denúncia seja recebida e os dois virem réus.

Em abril, a Procuradoria-Geral da República ( PGR) denunciou Zambelli e Delgatti pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Em janeiro de 2023, o hacker acessou o sistema do CNJ e inseriu dados falsos, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. No ano passado, Delgatti confessou a invasão, disse que fez a pedido de Zambelli e que teria recebido R$ 40 mil pelos serviços. A deputada nega a acusação.

Um dos elementos citados pela PGR na denúncia foi o fato de ter sido encontrado com Zambelli o arquivo com o mandado falso contra Moraes, antes de ele ser divulgado. O mesmo documento foi gerado uma hora antes no computador de Delgatti, o que indica que foi repassado entre eles.

Quando a denúncia foi apresentada, o advogado Daniel Bialski, que defende Zambelli, afirmou que "inexiste qualquer prova efetiva que ela tivesse de alguma forma colaborado, instigado e ou incentivado o mitômano Walter Delgati a praticar as ações que praticou".

 

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. Também integram a Primeira Turma os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Zambelli já é ré no STF em outro caso, por porte ilegal e por constrangimento ilegal com uso de arma, devido ao episódio no qual apontou uma arma para um homem em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022.

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