são paulo

Tarcísio deve viajar a Israel a convite de Netanyahu; Ricardo Nunes não vai

O ex-presidente Jair Bolsonaro espera uma autorização da Suprema Corte para embarcar junto do aliado

Ex-presidente Bolsonaro e governador de SP Tarcisio de Freitas em ato na Avenida PaulistaEx-presidente Bolsonaro e governador de SP Tarcisio de Freitas em ato na Avenida Paulista - Foto: Reprodução/YouTube

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), planeja ir a Israel na próxima semana a convite de Benjamin Netanyahu, em meio à crise diplomática entre seu governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No mês passado, uma declaração de Lula detonou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, quando o petista comparou os bombardeios sobre Gaza ao que aconteceu no Holocausto nazista. O chanceler israelense chegou a dizer que Lula é "persona non grata" no país até que peça desculpas.

Em um evento organizado pela CNN Brasil, Tarcísio declarou que o convite não tem relação com "ideologia nem política".

"Não tem nada a ver. Acho que, primeiro, a gente não vai lá para fazer política. A gente tem uma parceria com o governo de Israel, parcerias importantes, compra de equipamentos, recebemos um convite. A gente tem uma excelente relação, estamos aceitando um convite e pronto. Sem ideologia e sem política" afirmou o governador à emissora.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não deve viajar com o aliado. Ele diz não ter recebido convite oficial do governo israelense e que a data o impede de deixar a cidade.

"Até final de março, período das chuvas, não vou sair" declarou, referindo-se ao risco político de estar longe durante uma eventual enchente na capital paulista, que não é incomum durante o verão.

Na sexta-feira passada, Jair Bolsonaro relatou ter recebido uma carta de Netanyahu com um convite para visitar o país. O ex-presidente irá pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para viajar, já que seu passaporte foi apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

— Recebi há pouco uma carta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que por acaso é capitão do Exército também, me convidando para visitar o seu país para que eu vá naquela região do conflito. Ou melhor, do massacre, da covardia, a região do terrorismo praticado pelo Hamas contra Israel — discurso Bolsonaro, durante evento em Salvador.

O passaporte do ex-presidente foi apreendido em fevereiro, na Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), deve acompanhar Tarcísio na viagem.

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