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Lava-Jato

Toffoli defende decisões anulando investigações da Lava-Jato: 'Foram erros na origem'

Ministro falou sobre decisões dadas por ele durante sessão de julgamentos do STF

Ministro Dias ToffoliMinistro Dias Toffoli - Foto: Reprodução/X

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu, durante a sessão de julgamentos da Segunda Turma, as decisões dadas por ele que anularam provas e processos criminais originados na Operação Lava Jato – beneficiando réus e investigados.

— O Estado que andou errado, o Estado investigador e o Estado acusador. E o Estado juiz está exatamente para colocar os freios e contrapesos e garantir aquilo que a Constituição dá ao cidadão, que é a plenitude da defesa. Todos nós sabemos onde levou a ausência de plenitude e defesa e como se deram processos feitos de uma maneira incorreta e ilegal — afirmou.

As decisões de Toffoloi atingiram uma gama variada de alvos da Lava-Jato, como os empresários Marcelo Odebrecht e Raul Schmidt e o delator Léo Pinheiro.  — É lamentável realmente quando nós temos que declarar um ato de Estado ilegal, mas o erro foi cometido na origem — disse Toffoli.

Toffoli defendeu também que vem negando pedidos das defesas em "proporção muito maior" do que as decisões que favoreceram os réus. De acordo com o ministro, foram mais de 140 requerimentos rejeitados.

— Se a parte mostra que aquelas provas já declaradas nulas pelo colegiado do Supremo estão usadas em seu processo, eu defiro a extensão. Foram poucos os casos. Em mais de 140 casos eu neguei a extensão — pontuou.

Ele também rebateu as críticas de que tem demorado a liberar as decisões que dá de forma individual para que sejam avaliadas pela Segunda Turma.  — Toda a semana estamos a julgar no plenário virtual a manutenção das decisões — ressaltou.  

Em uma das decisões mais recentes, Toffoli estendeu a Schmidt os efeitos de uma decisão que havia beneficiado o empresário Marcelo Odebrecht em maio. O ministro afirmou que a parcialidade dos juízes federais Sergio Fernando Moro e Gabriela Hardt — que eram os responsáveis pela Lava-Jato — "extrapolou todos os limites".

O MPF denunciou Schmidt pela operacionalização do pagamento de vantagens indevidas a funcionários da Petrobras para favorecer a contratação da empresa Vantage Drilling Corporation para afretamento do navio-sonda Titanium Explorer, ao custo de US$ 1,8 bilhão.

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