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Justiça

TSE: advogado de Bolsonaro usa fala de ministro de Lula em defesa no julgamento

Tarcísio Vieira disse que, como reconheceu Múcio recentemente, os atos do 8 de janeiro não tiveram líder

Tarcísio Vieira, advogado de Bolsonaro em ação no TSE Tarcísio Vieira, advogado de Bolsonaro em ação no TSE  - Foto: Reprodução

Ao apresentar a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho usou como argumento uma declaração do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Vieira disse que, como reconheceu Múcio recentemente, os atos do 8 de janeiro não tiveram líder.

— Há três dias atrás o atual ministro, um homem lúcido e esclarecido, já disse. Esse evento não teve uma liderança identificada — afirmou ele.

Em dissonância ao discurso que vem sendo adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Múcio afirmou na segunda-feira que considera que não houve um "grande líder" por trás das invasões aos prédios do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Múcio disse acreditar, entretanto, que alguns integrantes das Forças adotaram uma postura "pró-golpe". A declaração foi dada durante um debate chamado “Defesa Nacional, presente e futuro do Brasil”.

— Havia vontades individuais que houvesse um golpe. Mas não havia um líder. Algum militar do Exército, algum militar da Aeronáutica, algum militar da Marinha queria golpe? Acredito que sim. Mas as pessoas que vieram para a Praça dos Três Poderes no dia 8 não saíram de lá [dos acampamentos de Brasília]. Foi gente de fora estimulada por irresponsáveis, baderneiros. As Forças Armadas não participaram — afirmou na ocasião.

Múcio afirmou que, quando assumiu o cargo, havia 4.300 acampados em frente a quartéis. Mas, na véspera dos ataques, de acordo com ele, o número havia diminuído para menos de 180 e reiterou que as Forças Armadas tiveram uma postura dentro da legalidade.

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