TSE conclui etapa de testes nas urnas eletrônicas sem encontrar falhas
Balanço feito pela Corte após última etapa de avaliações é que nenhum plano conseguiu alterar votos ou mexer na totalização
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu nesta sexta-feira (13) a última etapa de testes com ataques controlados aos sistemas das urnas eletrônicas, o chamado Teste Público de Segurança (TPS). O balanço da Corte é de que nenhum plano conseguiu alterar votos ou mexer na totalização, e que as melhorias técnicas feitas a partir da etapa anterior foram bem sucedidas.
Desde que o teste começou, na última terça, os grupos de investigadores, entre os quais peritos da Polícia Federal, repetiram cinco planos para checar a segurança das urnas eletrônicas. Esses planos já haviam sido aplicados em novembro de 2021 e justamente por terem sido bem sucedidos foram repetidos nesta fase final.
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No encerramento dessa análise, que faz parte do calendário eleitoral, o juiz auxiliar do TSE, Sandro Vieira, explicou como cada um desses planos fracassou em representar risco aos equipamentos e classificou o saldo da medida como "positivo".
"Nenhum dos planos de teste tanto em novembro quanto agora alcançaram o objetivo de alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização dos votos realizada pelo TSE", afirmou Vieira a jornalistas.
De acordo com o juiz auxiliar, apesar de esta ser a última fase do teste público de segurança, os sistemas das urnas eletrônicas só se tornam definitivos na cerimônia de lacração, que ocorre entre um mês e vinte dias antes das eleições. O resultado final do teste público de segurança será divulgado em 30 de maio.
"Nós estamos colaborando com os investigadores e eles vão colaborando conosco indicando fontes de melhoria para segurança do sistema eleitoral. O balanço que eu faço é positivo porque os planos de ataque que foram bem-sucedidos lá em novembro tiveram melhorias implementadas pelo TSE que foram satisfatórias do ponto de vista e foram resolvidos os problemas encontrados pelos investigadores na primeira fase do TPS", explicou.
Na etapa realizada em novembro do ano passado, 26 investigadoras realizaram 29 planos de ataques contra as urnas eletrônicas durante o evento do TSE. De acordo com o TSE, cessas ações, cinco foram "bem-sucedidos" e "atacaram, principalmente, os sistemas de transmissão e recepção dos resultados".
Agora, na última etapa, o primeiro plano de testes dizia respeito a recebimento de arquivo de urnas, o segundo plano se tratava de uma sobreposição de um teclado impresso em impressora 3D sobre a urna eletrônica. O terceiro plano de testes foi feito pela Polícia Federal, que conseguiu acessar a porta de entrada da rede do TSE. O quarto teste tratava de teclas de atalho, e o quinto envolvia a tentativa de conectar na saída de áudio da urna eletrônica de um instrumento capaz de quebrar o sigilo do voto.
De acordo com Vieira, após a execução do plano da PF, ainda em agosto de 2021, o TSE fez correções de infraestrutura da rede e de controle de acesso a sistemas para barrar as vulnerabilidades encontradas pelos peritos. O juiz ainda afirmou que as alterações foram validadas pelos agentes da polícia.
"Ao tentar ingressar na rede, foram expulsos, não conseguiram o ataque. Nossa solução de controle de comportamento dentro da rede foi validada", disse.
O Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação é realizado pelo TSE desde 2009, preferencialmente nos anos anteriores ao das eleições.