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BRASIL

TSE diz que recebeu com satisfação relatório da Defesa que não aponta fraude nas urnas

Alexandre de Moraes afirma que parecer dos militares não encontrou nenhuma inconsistência no processo eleitoral

Urna eletrônicaUrna eletrônica - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente do Superior Tribunal Eleiotral (TSE), Alexandre de Moraes, disse em nota divulgada nesta quarta-feira (9) que "recebeu com satisfação" o relatório final de fiscalização realizado pelo Ministério da Defesa nas urnas eletrônicas durante o primeiro e segundo turnos da eleição.

De acordo com o magistrado, o parecer "não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022". Moraes ainda reafirmou que "as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional e as eleições de 2022 comprovam a eficácia, lisura e total transparência da apuração e totalização dos votos".

No parecer, os técnicos do Ministério da Defesa não apontam qualquer indício de fraude ao sistema eleitoral e afirmam que nenhum dos boletins de urna analisados apresentou inconsistências. "Conclui-se que a verificação da correção da contabilização dos votos, por meio da comparação dos Boletins de Urna (BU) impresso com os dados disponibilizados pelo TSE, ocorreu sem apresentar inconformidade", diz o documento.

Nessa terça-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregou ao TSE um parecer em que atesta que o "Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras", sem "qualquer fato que aponte suspeita de irregularidades no processo de votação".
 

“Enquanto entidade fiscalizadora, a OAB Nacional, no primeiro e no segundo turno das eleições, acompanhou a totalização dos votos, presencialmente, no Centro de Divulgação das Eleições do TSE. Atestamos a confiabilidade e a integridade das urnas eletrônicas”, diz o relatório da entidade, obtido pela coluna Malu Gaspar.

Em outra frente de auditoria sobre as urnas eletrônicas, o Tribunal de Contas da União (TCU), que também é uma entidade fiscalizadora das eleições, concluiu no dia 31 de outubro que não houve qualquer falha ou inconsistência no sistema das urnas.

O processo foi feito por 54 auditores concursados do tribunal que coletaram 604 Boletins de Urna em seções eleitorais dos 26 Estados e do Distrito Federal. No primeiro turno, o TCU coletou e analisou 559 boletins no dia da eleição. Segundo a Corte, cerca de 5,8 milhões de informações foram comparadas e nenhuma divergência foi encontrada.

O trabalho do TCU foi elogiado por Moraes, que durante a sessão de julgamentos do TSE do último dia 3 lembrou que, pela primeira vez, o boletim impresso de cada urna, além de ficar na porta da seção eleitoral, também foi colocado imediatamente na internet para que todos que quisessem fiscalizar o fizessem.

— Aproximadamente 5,98 milhões de informações foram comparadas, e o Tribunal de Contas afirma que não houve nenhuma divergência encontrada. Isso é muito importante para constatar, seja para observadores internacionais e nacionais quanto para o TCU, a total transparência com que o TSE atuou. Isso porque a Justiça Eleitoral tem absoluta certeza da confiabilidade das urnas eletrônicas, como novamente como foi demonstrada nessas eleições — disse.

No relatório enviado ao TSE, o Ministério da Defesa alegou que não teve acesso a diversas informações e que o projeto-piloto com o teste de integridade com biometria foi inconclusivo porque precisaria de uma amostra maior de eleitores voluntários. O documento, contudo, não contesta o resultado da eleição e diz que não foram encontrada inconformidades entre a fiscalização e os dados divulgados pela Corte.

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